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O PERÍODO INTERBÍBLICO

Atualizado: 8 de ago. de 2019



INTRODUÇÃO


O Antigo e o Novo Testamentos, em algumas Bíblias, são separados por uma folha em branco, cuja finalidade é representar o silêncio do Senhor. Do profeta Malaquias, o último livro do Antigo Testamento, ao evangelho de Mateus, o primeiro do Novo Testamento, o tempo é de quatrocentos anos.

Esse período, conhecido como período interbíblico, ficou caracterizado como a cessação da revelação bíblica. Nessa fase, as vozes dos profetas bíblicos do Antigo Testamento não se ouviam mais, era como se Deus deixasse o homem resolver seus problemas sozinho (principalmente no âmbito espiritual). Nesse tempo, foram evidentes as ondas de crescentes filosofias, imoralidades religiosas, quando os judeus, novamente, tiveram de amargar sucessivas derrotas e hostilidade de seus inimigos.


História de Israel


O berço da civilização primitiva, segundo a Bíblia e hoje comprovado por estudos, foi o Vale da Mesopotâmia, sendo o mais antigo dos povos dos quais recebemos influência os Sumérios. Eles dominavam a matemática, agricultura, inventaram canais de irrigação, carros de guerra, entre muitas outras coisas. Dominavam a cultura. Também existiam nesse Vale os Acadianos, que tinham grande poder bélico.  Então surgiu uma nova civilização, denominada Acádio-sumeriana. Uma parte deles deram origem à Caldéia, cuja capital era Babilônia. E ao sul da Babilônia ficava Ur dos Caldeus, cidade de educação adiantadíssima e berço natal do Patriarca Abraão. Dali, Abraão partiu para Harã, depois à Canaã, desce ao Egito e volta para Canaã.

Outra civilização importante é a Egípcia. Antes dos Faraós, não há nenhum dado sobre a história do Egito. José entrou no Egito na vigência dos Hiksos. Após a expulsão dos Hiksos, os Hebreus foram muito maltratados e só se tornaram livres com Moisés. Os Egípcios eram politeístas. Era uma civilização muito adiantada e desenvolvida.

Sucessos Bíblicos: De Abraão à Moisés, Período da Conquista (da Queda dos muros de Jericó até a morte do filho de Num), Período dos Juízes (de Otniel à Samuel), Reino Unido (de Saul à Salomão), Reino Dividido (do Norte, Israel, e do Sul, Judá), Cativeiro Assírio (os filhos de Israel foram levados durante o reinado de Oséias), Cativeiro Babilônico, Restauração (sob Ciro, os Judeus voltaram à Jerusalém). Jesus nasceu durante o domínio dos Romanos. Com a destruição de Jerusalém no ano 70 a.C., o Estado termina.


Período Interbíblico : Ambiente e Literatura Apócrifa


É um período de 400 anos que se deu entre o Antigo e o Novo Testamento, no qual Deus se calou e não houveram Revelações Bíblicas. Foi um período proposital onde Deus deixou que o homem vivesse por seus próprios esforços e fracassasse.

Os judeus foram transformados nesse período. As tribos desapareceram e os novos judeus, despertados e curados de sua idolatria, venceram os velhos. Ao fim do Antigo Testamento, os judeus eram dominados pelos Persas e no início do Novo Testamento, estão sob domínio Romano e sob influência da filosofia grega. Antes eles falavam hebraico e no NT, passaram a falar o aramaico.

As fontes de informações sobre esse Período são a Bíblia, que pouco informa, Flávio Josefo, grande historiador e os Livros Apócrifos, livros não canônicos rejeitados pelos judeus e Protestantes.

Colocam grande parte dos Apócrifos entre 100 a.C. e 130 a.C e para cada livro são apontados dezenas de locais onde foram escritos. Seu autores também são supostos e não verdadeiros. Eles foram escritos em um período onde a profecia emudeceu.

São vários os Livros Apócrifos. No AT, eles se dividem em três grupos: Históricos, Didáticos e Apocalípticos. A Igreja Romana aceita somente Judite, Tobias, Acréscimos a Ester, Livro de Sabedoria, Eclesiástico, Baruque, Acréscimos a Daniel, 1 e 2 Macabeus. No NT são 22 livros Apócrifos, mas que são rejeitados até pela Igreja Romana. Para os protestantes, servem apenas como auxílio no estudo.


Período Babilônico


Após o Reinado de Salomão, o Reio de Israel se dividiu entre Norte e Sul. O Reio do Norte se afastou de Deus para seguir sua idolatria. Com isso, em 722 a.C. foram dispersados pelos assírios por terras estranhas. Os Assírios ficaram em Samaria, dando em resultado um povo estranho aos judeus. O povo do Sul se manteve fiel a Deus.

Em resultado do desatino dos judeus, veio Nabucodonosor e os levou cativos para a Babilônia e estes ficaram longe de sua terra. Mas eles tinham ainda a liberdade para adorar ao seu Deus e para praticarem seus costumes. Quando foram libertos pelos medo-persas, alguns preferiram ficar, pois estavam estabilizados, com propriedades, industria, comércio, etc. Esses são os judeus da Diáspora. A finalidade desse Exílio foi educar e punir povo de Deus, por causa do pecado e da rebelião dos judeus. Eles foram alertados pelos profetas a esse respeito. Os profetas desse período foram Daniel, Ezequiel e Jeremias. Judá não ficou totalmente deserta nesse período.

Nesse mesmo período, outras nações se desenvolveram. A Assíria estava abatida e sua capital completamente destruída. Média foi o mais notável, dominavam os Persas, depois se fundiram e reserva grandes surpresas para o mundo. Egito, que em 568 a.C. se tornou colônia Persa. Grécia tem uma das histórias mais fascinantes que conhecemos. Roma não teve ligação direta com o Oriente, mantendo-se isolada. Lídia, em seu apogeu, disputava glória com Média. Em 587, Babilônia, embelezada, tinha confusão religiosa, inquietação e Belsazar Regente.


Período Medo-Persa


A Média fica no majestoso Planalto do Irã e a Pérsia a oeste do Golfo Pérsico, ao sul de Média. Ciro guerreou contra Média, Lídia e Babilônia e as conquistou. Deus havia predito alguns feitos de Ciro e a sua ascensão foi cumprimento da vontade de Deus, para libertar o restante de Judá.

Seus sucessores foram Cambises, Dario Histaspis, Xerxes, Artaxerxes Longimanus. No governo de Artaxerxes I o Egito revoltou-se contra Pérsia, houve um tratado de paz pelo qual Chipre retornou à Pérsia, a divisão do Mediterrâneo entre Pérsia e Grécia e a rebelião da Síria, acalmada por Longimanus.

Os principais acontecimentos sob os persas foram: Dedicação do Templo em Jerusalém, a Dispersão dos Judeus, judeus em Babilônia, alguns judeus desceram para o Egito, Esdras e Neemias, que restaurou, construiu e governou. Após isso veio o Declínio Persa. Ai o centro passa do Oriente para o Ocidente.

Este período abrangeu os anos 430—331 a.C. Ao finalizar o Antigo Testamento (400 a.C), a Pérsia havia anexado a Judéia em seu domínio, tornando-a sua província. Os judeus não tiveram problemas com o domínio pérsico por ser este um governo brando e alheio aos interesses de Judá. A conquista da Babilônia deu-se com Ciro no ano 536 a.C, e este fez da Pérsia uma potência mundial. Quando a obra do templo em Judá foi suspensa por ordem do rei, alguns estudiosos julgam tratar-se de Cambises (530-522 a.C), identificado também como Artaxerxes (Ed 4.7,11,23).

A retomada da construção do templo foi ordenada por Dario (522-486 a.C). Foi nesse tempo que Ester tornou-se esposa de Xerxes (Assuero; 486-465 a.C). O rei que autorizou o retorno de Neemias a Jerusalém foi provavelmente Artaxerxes I (Longimanus; 464-426). Este exerceu domínio quando o cânon do Antigo Testamento estava para ser encerrado. Os reis persas do período conhecido como “Silêncio Profético” foram : Xerxes II (Sogdiano; 423 a.C), Dario II (Notus; 404 a.C), Artaxerxes II (Mnemon; 359 a.C), Artaxerxes III (Ocus; 338 a.C), Arses (335 a.C) e Dario III (Condomano; 336 a.C), que foi derrotado por Alexandre, o Grande, em 331 a.C.

Com a queda do Império persa, o império grego entra em eminência.

Deus conseguiu no período do Cativeiro vitórias sobre seu povo: Idolatria destruída (hoje um judeu faz tudo, menos dobrar seus joelhos a um ídolo), a Lei de Moisés respeitada (os judeus perceberam o quanto estavam longe de Deus), Inauguração do Culto Público (em todo lugar que existe um núcleo de judeus, haviam as Sinagogas. Foi preparação para a vinda de Cristo), Reverdecimento da Esperança Messiânica (passaram a esperar o Messias, antes como Libertador e Redentor de Israel e hoje como Restaurador), Pronunciado Nacionalismo (doutrinas, costumes e língua que, após o exílio, passou a ser o aramaico).

Os sucessos principais do mundo Ocidental foram Grécia e Roma.


Período Greco-Macedônio


Esse período começa em 331 e vai até 167 a.C.

A Grécia divide-se em duas partes: ao norte a Hélade, com a capital em Atenas e ao sul o Peloponeso, com a capital em Esparta. A leste as ilhas Cécladas a punham em comunicação com a Ásia, a oeste, em comunicação com a Itália, ao Sul em rota para a África e ao norte ficava a célebre Macedônia. Os gregos tinham centenas de deuses e a religião ocupava lugar central em suas vidas. Primeiro a supremacia era de Atenas, mas por causa da epidemia e da morte de Péricles, perdeu para Esparta. Com as lutas entre Atenas e Esparta, elas ficaram enfraquecidas.

Até então, Macedônia era um apenas pequeno Estado. Filipe foi o primeiro rei que deu brilho a ela. Ele foi sucedido por Alexandre, que foi educado por Aristóteles e se tornou generalíssimo dos gregos. Em 336 a.C, Alexandre Magno, com apenas vinte anos de idade, assume o comando do exército grego e investe contra o Oriente. Alexandre invade a Palestina em 332 a.C. e, um ano antes, já havia dominado o mundo inteiro. Ele era talentoso e preparado.Nos seus dias tudo prosperou e continuou a prosperar. Implantou a língua e a cultura gregas em muitas cidades sob seu domínio, além de fundar cidades gregas por onde passava. Na ciência houve progresso, destacando-se Hipócrates, pai da medicina. Macedônia, incluindo Grécia, era o maior, o mais conceituado centro de cultura de então. O mundo todo foi helenizado. Mas Alexandre não impôs com arma a cultura grega. O povo queria essa cultura. Após a morte de Alexandre, os povos falavam duas línguas, sendo uma delas, a grega. Seu Império ficou reduzido e dividido.

Com a morte de Alexandre, as nações da Síria e do Egito passaram a ser controladas por dois generais de seu exército : Ptolomeu governou no Egito e Selêuco, na Síria. A Palestina permaneceu sob o controle do Egito por cem anos, até 198 a.C. Antes, estava sob o domínio da Síria.

Quando o Egito dominou a Palestina, não havia qualquer imposição quanto à construção de sinagogas por parte do governo. Nessa época, Alexandria era o centro cultural do mundo e influenciou tanto os judeus que eles, a pedido de Ptolomeu, fizeram a tradução da Bíblia hebraica para a língua grega, versão chamada Septuaginta. Os reis do Egito, na época, ficaram conhecidos como “Ptolomeus”.

Antíoco Epifânio (Síria) reconquista a Palestina em 198 a.C, voltando o domínio para a Síria, cujos governadores eram conhecidos como "Seleucidas". Antíoco Epifânio tinha profunda aversão aos judeus e fez um esforço gigantesco para exterminá-los e acabar com sua religião. Arruinou a cidade de Jerusalém no ano 168 a.C e tratou com irreverência o templo judaico, chegando ao ápice de sacrificar uma porca — animal imundo segundo as Escrituras hebraicas — em seu altar. As leis judaicas, como, por exemplo, a circuncisão, foram quase suprimidas. Ele proibiu a adoração no templo, destruiu as cópias das Escrituras existentes na época e decretou morte a todos os que as possuíssem. Foi nesse tempo que ocorreu a revolta dos Macabeus.


Período Macabeu


Esse período, que se estende de 167 a 63 a.C., É também conhecido como hasmoniano. Se caracteriza por lutas, perseguições, sacrifícios e, finalmente por um longo período de independência e paz.

Nesse período o Sumo-Sacerdócio declinou e passou a ser uma força política.

Os egípcios dominavam a Judéia e os sírios não perdiam a esperança de possuírem a Terra Santa. Triunfou na Judéia o Partido Grego.

Antíoco ataca Jerusalém e toma-a por assalto, matando muitas pessoas e leva para o cativeiro milhares de judeus. O Templo foi profanado e despojado. Era uma prova de fogo para os judeus, para que buscassem a Deus.

Após isso houve bárbaras perseguições Sírias. Então houve a Guerra Macabéia. A revolta começou com Matatias, sacerdote em Modim; Um sacerdote amante de sua pátria, demonstrou forte coragem e resolveu enfrentar as atitudes ímpias de Antíoco Epifânio. Para tanto, contou com o apoio de alguns fiéis que abraçaram sua intenção.

Após sua morte em 166 a.C, entre os cinco filhos de Matatias (Judas, Jônatas, Simão, João e Eleazar), a responsabilidade de continuar lutando pelos ideais objetivados por ele depois de sua morte recaiu sobre Judas, por ser um guerreiro e estrategista militar. Judas colecionou vitórias batalhas após batalhas, mesmo estando em grandes desvantagens, se comparando com os exércitos que enfrentou, até reconquistar Jerusalém, em 165 a.C.

Judas (166-161), continuou a luta com 6.000 homens. Quando Antíoco mandou 60.000 homens para subjugá-lo, Judas mandou os temerosos voltarem para casa. Com apenas 3.000 derrotaram os sírios. Em seguida Judas entrou em Jerusalém e reedificou e purificou o templo, em 166 a.C. Há, em João 10.22, uma festa chamada “Dedicação”, cuja origem se deu devido à esta atitude de Judas Macabeu. A festa de Dedicação foi instituída no ano 164.


Significância da opressão síria e revolta dos macabeus :


1. Restaurou a nação da decadência política e religiosa;

2. Criou um espírito nacionalista, uniu a nação e suscitou virilidade.

3. Deu novo impulso ao judaísmo. Percebe-se isto na purificação moral e espiritual; Percebe-se isto numa onda de literatura apocalíptica; Percebe-se isto numa nova e intensa esperança messiânica.

4. Intensificou o desenvolvimento dos dois movimentos que se tornaram os Fariseus e os Saduceus. Os Fariseus surgiram do grupo purista e nacionalista. Os Saduceus surgiram do grupo que se aliou com os helenistas.

5. Deu maior ímpeto ao movimento da dispersão com muitos judeus querendo se ausentar durante as terríveis perseguições de Antíoco.


Houve ainda muita guerra. Jônatas, filho de Macabeus, foi morto por Trifon e Simão, o último sobrevivente dos Macabeus, teve um governo próspero e abençoado, mas foi morto por seu genro Ptolomeu.

Os filhos de Hasmon ganharam a batalha final. A dinastina Hasmoneana começa dom João Hircano, que travou batalhas contra Samaria, contra Edom e depois houve paz, reconstrução e lutas internas. Porém ele inaugurou na Palestina uma era de intolerância e opressão. O sucessor dele foi Aristóbulo, que teve reinado curto, no qual subjulgou a Huréia, algumas regiões ao oriente do Jordão e outras. Morreu em 105 a.C. Após ele veio Alexandre Janeu, outro filo de Hircano. Seu primeiro ato foi mandar matar um de seus irmãos. Morreu e passou a coroa à sua esposa Alexandra, que governou até 78 a.C., e o sumo sacerdócio ao seu filho Hircano II, que recebeu a coroa após a morte de Alexandra, mas teve que entregar à força as coroas ao irmão Aristóbulo II. Este não teve um governo de paz e, após ser levado com sua família cativos para Roma, Hircano II recuperou a coroa. Mas Hircano II era um mero instrumento de Antípater. Esse governo foi marcado por revoluções.

Nesse período foram escritos I e II Macabeus, Judite, Livro de Enoque, Oráculos Sibilinos e o Testamento dos Doze Patriarcas.

Enquanto os Hasmoneanos, Matatias e seus filhos empenhavam-se na libertação do seu país do julgo de Antíoco Epifanes, muitas coisas aconteceram no mundo, como a Terceira Guerra Púnica, as Conquistas Romanas e a divisão do mundo em províncias.

Com Judas, foi estabelecida a linhagem dos sacerdotes-hasmonianos, que governaram a Judéia por cerca de cem anos.


Período romano


Em 63 a.C, a Palestina foi submetida ao domínio de Roma, sob as ordens de Pompeu. Na ocasião, foi nomeado governador da Judéia um descendente de Esaú (edomita) chamado Antípater. Herodes, filho de Antípater e Mariana, foi o sucessor ao governo. Foi justamente este Herodes, o Grande, que reinou na Judéia entre 37 a.C e 4 a.C. Jesus nasceu durante o seu reinado.

Este Herodes, inclusive, procurou agradar os judeus ao construir um templo muito pomposo, no entanto, não deixava de ser cruel, pois a matança dos meninos em Belém fora ordenada por ele (Mt 2.13-23).

A primeira intervenção romana na Ásia foi em 190 a.C., na famosa batalha de Magnésia. Então os Romanos dominaram a Ásia e a dividiram entre seus aliados, os Eumenes e os Ródios. Judas Macabeu pereceu na batalha contra Báquides. Simão Conselheiro cultivou a amizade com romanos.

Primeiro Triunvirato : assim ficou conhecida a união entre Crasso, Pompeu e César em uma aliança oculta. Depois de Júlio César, veio Otávio, seu sobrinho.

Depois, muitas foram as guerras sustentadas por Augusto. Morreu coberto de tristeza, em 14 d.C.

Herodes, o Grande, filho de Antípater, aos 15 anos foi governador da Galiléia e desde cedo mostrou crueldade. Ele subiu ao trono da Judéia e trouxe para Jerusalém muitos mercenários. Mas ele não teve coragem de exercer o sumo-sacerdócio. A sua corte era helenizada e culta. Ele tinha grandes domínios, mas não respeitou a consciência dos judeus. Molestou os filhos de Israel. Seu reino prosperou, mas foi manchado por tragédias familiares. Para encobrir seus crimes, construiu cidades, reconstruiu templos a fim de ganhar a simpatia dos súditos. Morreu em 4 a.C. Foi um homem feroz, cheio de vícios, pagão, inconstante, maleável e perverso. Mas foi usado por Deus ao matar os Hasmoneanos, preparando o caminho para Cristo.

E Jesus nasceu num período de paz na Palestina. Antes de morrer Herodes, também nasceu João Batista.

Somente três apócrifos foram escritos nesse período : Salmos de Salomão, Livro de Jubileus e Segundo Esdras.


Estudos Suplementares


Nesses 400 anos os judeus viveram tempos áureos e também terríveis tempestades. E nesses anos surgiram Seitas Político-Religiosas, sendo as principais :


- Escribas :


O escriba, como o tempos no Novo Testamento, apareceu após o exílio Babilônico. Eles deram origem às Sinagogas. Eles preservaram a Lei, eram mestres da Lei e Doutores da Lei. Alguns pertenciam aos saduceus. Jesus lhes condenou o formalismo. Eles perseguiram a Pedro e a João. Alguns deles creram em Cristo.


- Fariseus :


Viviam separados do povo, por causa da imundice, e gostavam de ser chamados de santos. Suas principais doutrinas são : Os homens tinham livre arbítrio, a alma é imortal, a ressurreição do corpo, a existência de anjos, todas as coisas são dirigidas pela providência divina, no mundo os justos são galardoados e os maus castigados, os justos gozarão vida eterna e os maus cadeia eterna, além da alma humana existem espíritos bons e maus.

A luta mais terrível de Jesus foi com os fariseus.


- Saduceus :


É a designação da segunda escola filosófica dos judeus, ao lado dos fariseus. Suas doutrinas são quase desconhecidas, não havendo ficado nada de seus escritos. A Bíblia afirma que eles não criam na ressurreição, tendo até tentado enlaçar Jesus com uma pergunta ardilosa sobre esse conceito. Com muita probabilidade, ainda que rechaçando a tradição farisaica, possuíram uma doutrina relativa à interpretação e à aplicação da lei Bíblica.


- Essênios :


Constituíam um grupo ou seita judaica ascética que teve existência desde mais ou menos o ano 150 a.C. até o ano 70 d.C. Em doutrinas, seguiam fielmente o Velho Testamento.


- Herodianos :


O termo Herodiano é relacionado ao rei dos judeus, Herodes, o Grande, e designa todos os personagens históricos que tinham laços consagüíneos com ele. Partidário de Herodes, o grande. Formava uma seita para sustentar que o rei Herodes seria o Messias.


- Zelotes :


Significa literalmente alguém que é ciumento em nome de Deus, ou seja, alguém que demonstra excesso de zelo. Apesar de a palavra designar em nossos dias alguém com excesso de entusiasmo, a sua origem prende-se ao movimento político judaico do século I que procurava incitar o povo da Judéia a rebelar-se contra o Império Romano e expulsar os romanos pela força das armas, que conduziu à Primeira Rebelião Judaica (66-70).


- Publicanos :


Coletores de impostos nas províncias do Império Romano. João Batista, quando foi indagado pelos publicanos sobre como deveriam proceder, recomendou-lhes que não tomassem das pessoas além do que lhes estava ordenado recolher (Lc 3:12-13).


- Samaritanos :


Não é uma seita, mas sim uma classe odiada pelos judeus. A religião dos Samaritanos baseia-se no Pentateuco, tal como o judaísmo. Contudo, ao contrário deste, o samaritanismo rejeita a importância religiosa de Jerusalém. Os samaritanos não possuem rabinos e não aceitam o Talmud dos judeus ortodoxos.


As principais instituições judaicas, nos dias de Jesus, eram : O Templo, que era motivo de orgulho para os judeus, as sinagogas, que existiam em qualquer lugar onde havia concentração de judeus e é o local de culto da religião judaica, sendo desprovido de imagens religiosas ou de peças de altar e tendo como o seu objeto central a Arca da Torá, e o sinédrio, que é é o nome dado à assembléia de 23 juízes que a Lei judaica ordena existir em cada cidade.


A Filosofia Judaico-Alexandria era a tentativa de fusão da filosofia de Platão com Moisés. Desenvolveram-se pontos doutrinários interessantes, alguns certos e outros errados e perigosos. Também surgiu a Teologia Rabínica, que incluía a Torá. Desenvolveram-se também nesses 400 anos idéias nacionalistas, sendo as principais o Escribismo, o Saduceismo, o Essenismo e o Apocalipticismo.


Nesses 400 anos Deus preparou o mundo para o advento de Cristo.


Contribuições do Mundo Assírio : Preservação de Judá.


Contribuições do Mundo Babilônico : Os filhos de Deus foram corrigidos, abandonaram a idolatria, trocaram o hebraico pelo aramaico, aprenderam a viver sem o templo, deram-se à arte do comércio, surgiram as sinagogas, as seitas e começa a Diáspora.


Contribuições do Mundo Medo-Persa : Os judeus voltaram para seu país, reconstruíram sua metrópole, seu templo e voltaram à vida livre.


Contribuições do Mundo Grego : Unir os dois mundos (Oriente e Ocidente), disseminar a cultura e a língua gregas pelo mundo, fundar nas grandes cidades centro de cultura helênica e as reações causadas pela divisão de seu império. Língua, Democracia e Filosofia foram importantes. Platão e Sócrates pregavam a existência de um só Deus. A educação era elevadíssima. Os gregos eram vaidosos e ociosos.


Contribuições do Mundo Romano: Sociedade, que era a mais imoral possível, Governo Provinciano, pois Roma era a capital e tinha facilidade de contato com as cidades do Império. Religião, que foi importada da Grécia e o culto aos imperadores. As portas do Comércio se abriram para todo o mundo.


Contribuição dos judeus : As profecias apontavam Judá como berço do nascimento do Messias (Belém). Herodes acabou com os Hasmoneanos. O escribismo foi resistência contra as inovações de saduceus e helenistas. As sinagogas foram criadas. A Setuaginta ajudou aos judeus da Diáspora a ficarem firmes em Deus. O nacionalismo dos judeus também contribuiu para que eles ficassem unidos na esperança.


O mundo em que Jesus nasceu era o melhor de toda sua história, mas estava desiludido e em meio a imoralidade, constantes lutas. Nesse ambiente nasceu Jesus.


REVISÃO DA HISTÓRIA POSTERIOR VETEROTESTAMENTÁRIA


Século - Poder Dominante - Eventos Importantes


A.C. VIII (700 s) - Assíria - Cativeiro do reino nortista de Israel, com destruição da capital, Samaria, em722


A.C. VII (600s) VI (500s) - Babilônia - Cativeiro do reino sulista de Judá, com destruição de Jerusalém em 586


A.C. VI (500s) - Pérsia - Retorno de alguns judeus à Palestina, para reconstruir a nação, o templo e Jerusalém, nos começos de 537


A.C. V (400s) IV (300s) – Grécia-Macedônia - Conquista por Alexandre o Grande e helenização intensa do Oriente Médio


IV (300s) - Morte de Alexandre o Grande, em 323 A.C. e divisão do seu império.


IV (300s) - Egito - Hegemonia dos Ptolomeus sobre a Palestina, 320-198


AC. III (200s) - Primórdios da Setuaginta, com tradução do Pentateuco do hebraico para o grego


II (100s) - Síria - Hegemonia dos Selêucidas sobre a Palestina, 198 - 167


A.C. II (100s) - Desenvolvimento dos partidos helenista e hasidim, dentro do judaísmo


II (100s) - Antíoco Epifânio fracassa em anexar o Egito.


II (100s) - Tentativa violento de Antíoco Epifânio por forçar a completa helenização ou paganização dos judeus, em 168


A.C. II (100s) - Irrompimento da revolta dos Macabeus, em 167 A.C., e obtenção da independência judaica, sob a liderança sucessiva de Matatias, Judas Macabeu, Jônatas e Simão.


I (100s) - Independência judaica - Dinastia Hasmoneana, 142 - 17 A.C.


I (99-1) - Inquietações intestinas I


(99-1) - Desenvolvimento das seitas judaicas Saduceus, Fariseus e Essênios. I


(99-1) - Roma - Subjugação da Palestina pelo general romano Pompeu, em 63 A.C. I


(99-1) - Antipater e seu filho, Herodes o Grande, ascendem ao poder na Palestina,


I (99-1) – Roma - Assassinato de Júlio César


I (99-1) – Roma - Augusto torna-se imperador romano (27 A.C. - 14 D.C.), às expensas de Marco Antônio e Cleópatra


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