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JONAS E MIQUÉIAS



JONAS

Autor


Embora o livro não identifique o autor, a tradição o atribui ao próprio profeta. Como indicado em 2 Rs 14.25, Jonas era filho de Amitai e um nativo de Gate-Hefer, um vilarejo situado a 5 Km em direção ao nordeste de Nazaré, dentro das fronteiras tribais de Zebulom.


O nome de Jonas significa ―pomba ou ―pombo. Quanto ao caráter, ele é representado como obstinado, irritado, mal-humorado, impaciente e por seu hábito de viver somente com seu clã. Politicamente, é obvio que ele era um amante leal de Israel e um patriota comprometido. Religiosamente, ele professava um temor ao Senhor como Deus do céu, o Criador do mar e da terra. Mas sua primeira desobediência intencional, sua posterior e relutante obediência e a sua ira sobre a misericórdia aos ninivitas revelam óbvias incoerências na aplicação da sua fé. A história termina sem indicar como Jonas respondeu à exortação e à lição objetiva de Deus.


Data


Se Jonas escreveu o Livro seria, obviamente, datado durante o reinado de Jeroboão II. No início do séc. VIII, cerca de 793 a 753 a.C.


VOCÊ SABIA ?


- Jonas é o livro mais biográfico dos profetas.

- A historicidade do livro é intimamente ligada com a veracidade do ministério de Cristo. (Mt 12.39-41).

- O único profeta enviado para os gentios, que escondeu sua mensagem.


Conteúdo


Nos dias de Jeroboão II havia paz e prosperidade política em Israel. Israel se expandia e não se sentia ainda ameaçado pela Assíria, que era o grande império mundial, e um inimigo potencial de todas as pequenas nações. Jonas era profeta de Deus em Israel e falava bastante da misericórdia de Deus (II Rs. 14.25-27).


Chegou o momento de Deus testar a visão que Jonas tinha desta misericórdia e o envia a pregar arrependimento em Nínive capital da Assíria que ficava a aproximadamente 1.300 km ao oriente.


Pregar arrependimento aos temidos e odiados assírios era uma difícil missão, pois, Jonas sabe que, se Deus poupar Nínive, então aquela cidade estará livre para saquear e roubar Israel novamente, mas se eles não se arrependessem Deus os destruiria.

Jonas, bem consciente da vontade de Deus, claramente apresentada, foge, desejando que o juízo de Deus se manifestasse contra o grande e terrível império assírio. Fora da vontade de Deus, que Jonas descesse a Jope, ao navio, ao porão do navio, ao fundo do mar e ao ventre do grande peixe. Lá, ele após três dias de reflexão, descobriu-se fugitivo de Deus e, portanto, desgraçado. Clama por socorro e o peixe o devolve à praia.


Deus, novamente, vocaciona Jonas para a mesma missão. Jonas levantou-se e foi. E ele prega mensagem de arrependimento para os habitantes da enorme, bela, importante e cosmopolita Nínive.


Por causa desta mensagem de Jonas toda a cidade de Nínive se converteu, desde o povo até as mais altas autoridades. Mas Jonas desgostou-se e ficou irado. E enquanto ele resmungava, Deus fez subir uma planta que o abrigou com sua sombra e isto o alegrou muito. Mas no dia seguinte Deus mandou um verme destruir toda a planta. Novamente Jonas desgostou-se, porque a agradável plantinha que tanto lhe servia, morreu precocemente. Deus completa sua lição comparando seu sentimento humano e imperfeito por uma plantinha com a Sua compaixão e misericórdia por todas as Suas criaturas.


Conclusão


O amor de Deus era um fundamento da antiga fé israelita :


“SENHOR, SENHOR, Deus compassivo, clemente e longânimo e grande em misericórdia e fidelidade; que guarda a misericórdia em mil gerações, que perdoa a iniquidade, a transgressão e o pecado” (Êx 34.6-7).


A mensagem de Jonas é que o Deus que se revelou a Israel como amor deseja que pessoas de todas as nações experimentem seu amor. Como Jonas, o povo de Deus hoje tem a responsabilidade de pôr de lado o nacionalismo inflexível e o ódio racial e compartilhar o amor de Deus com os de outras culturas.


PARA MAIS ESTUDOS


- Por que Jonas fugiu ?

- Qual o significado dos 120.000 (4.11) ?

- Qual o maior milagre do livro ?

- Que deseja Deus para todos os povos deste mundo ?

- Como tentamos evitar a ordem divina de compartilhar nossa fé com os outros ?

- Como o preconceito compromete nosso testemunho ? Como invejamos o amor de Deus pelos outros ?

- Qual o maior milagre do livro ?

MIQUÉIAS


Autor


“Eu, porém, estou cheio do poder do Espírito do Senhor, cheio de juízo e de força, para declarar a Jacó a sua transgressão e a Israel, o seu pecado” Mq 3:8.


Seu nome significa "quem é como Jeová ?". Nasceu em Moresete-Gate (1.14), um vilarejo que ficava cerca de 40 km de Jerusalém, no sopé das montanhas de Judá.


Tudo indica que Miquéias era homem do campo, talvez lavrador. Sua mensagem de juízo é dirigida às vilas e cidades de sua região (1.10-16). Aliás, Isaías e Miquéias se completam. "Um é aristocrata, confidente do rei e estadista; enquanto o outro é camponês lavrador, cujas visitas à capital confirmavam notícias ouvidas casa".


Data


Miquéias profetizou, de acordo com sua própria declaração (1.1), durante os reinados dos reis do Sul, Jotão (740-731 a.C.), Acaz (731-716 a.C.), e Ezequias (716-686 a.C.). Visto que ele morreu durante a administração de Ezequias e antes da era que coincide em parte com Manassés (696-642 a.C.), uma data entre 704 e 696 a.C. parece ser provável.


VOCÊ SABIA ?


- Os escribas do começo do primeiro século bem souberam que o lugar onde haveria de nascer o novo Rei era Belém (Mt 2.2-6 – Mq 5.2). a profecia foi feita 700 anos antes do evento.


- A citação de Mq 2.2 em Jr 26.18 (100 anos depois) foi instrumental na libertação de Jeremias da morte.


- Citações: 5.2 (Mt 2.5-6; Jo 7.42). 7.6 (Mt 10.34-36; Mc 13.12; Lc 12.53).


Conteúdo


O profeta Miquéias clamou por justiça social no reino de Judá. Esse profeta pregou ao povo simples de Judá. Miquéias, também, era um homem humilde, do povo.


Quando Miquéias profetizou em Judá, os camponeses e moradores das vilas de Judá, viviam tempos de tormento frequente por parte dos exércitos inimigos, por causa da exploração pelos ricos e da opressão dos governantes e dos falsos profetas.


Idolatria, prostituição, religiosidade hipócrita e, sobretudo opressão aos pobres por graves injustiças sociais promovidas pelos líderes políticos e religiosos, são alguns dos graves pecados condenados por Miquéias em sua palavra profética.


A profecia é dada mais de 140 anos antes da invasão e domínio dos babilônicos sobre Judá. Os pecados nacionais estão presentes em todo o livro. Henrietta Mears (Estudo Panorâmico da Bíblia, Editora Vida, p.271) nos dá este esboço :


- Idolatria (1: 7; 6: 16) - Cobiça e opressão (2:2) - Violência (3:10; 6:12; 7:2)

- Apoio aos falsos profetas (2:6,11) - Corrupção dos governantes (3: 1-3)

- Corrupção dos profetas (3:5-7) - Suborno (3:9,11; 7:3) - Desonestidade (6: 10,11)


Conclusão


Miquéias 4 - 5 é a chave para compreensão da estratégia divina para esses séculos importantes da história de Israel abrangidos pelos Profetas Menores. Deus estava mudando tudo em relação a Israel e Judá, exceto seu amor e a escolha que fizera deles como seu povo. Ele descartou o sistema de reis (4.9) e eliminou as feitiçarias, os cultos idolatras e os pilares simbólicos que fariam de Israel uma nação como as outras (cf. ISm 8.19-20). Ele estava dando fim à existência de Israel como nação, que se iniciara com Saul.


Ao mesmo tempo, Deus começava uma nova existência para seu povo. Os israelitas viveriam e prosperariam espalhados entre as nações (5.7-9). Mas o templo em Sião permaneceria como ponto de encontro deles (4.1-4). Deus ali seria revelado à vista de todos como o Senhor em toda sua glória (5.4). Mesmo sem a autonomia de uma nação e sem a proteção de um exército nacional, o templo ainda teria tudo de que precisava (4.13). O povo prosperaria em paz, e o Senhor seria exaltado.


PARA MAIS ESTUDOS


- Que exige Deus daqueles que se comprometem com ele ? (Mq 6.8). Como tentamos negociar com Deus na base do ―toma-lá-dá-cá ?


- Que ensina Miquéias sobre o uso responsável do poder ? (Mq 2.1; 3.1-3, 9-12).

- Que ensina Miquéias sobre as qualidades da liderança piedosa ? (Mq 3.8).

- Que ensina Miquéias sobre os alvos de Deus para a história ? (Mq 4.1-4; 5.2-5).

- Quais as implicações para a teologia da libertação ?

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