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I E II CRÔNICAS




VOCÊ SABIA ?

- Assim como Samuel e Reis, 1 e 2 Crônicas formavam originalmente um só livro. O título hebraico significa ―os eventos cronológicos do período. O nome que usamos deriva do título latino da vulgata, ―A crônica de toda a história sagrada.


Autor


O autor é desconhecido, talvez por isso muitos optassem por chamá-lo de ―o cronista. No entanto, Esdras é o candidato mais provável para a autoria de Crônicas. A antiga tradição judaica do Talmude afirma que Esdras escreveu o livro. Além disso, os versículos finais de 2 Crônicas (2 Cr 36.22,23) repetem-se como os versículos iniciais de Esdras (ver Ed 1.1-3). Isso não apenas reforça o argumento que aponta Esdras como autor de 1 Crônicas, mas pode ser também uma indicação de que Crônicas e Esdras tenham sido em algum momento uma única obra. Soma-se a isso o fato de que 1 e 2 Crônicas tenham estado vocabulário e conteúdo similares. Esdras era tanto escriba como profeta e desempenhou um papel significativo na comunidade de exilados que retornou à cidade de Jerusalém. Apesar de não podermos afirmar com certeza absoluta, é razoável assumir que ―o cronista tenha sido Esdras.


Data


Embora seja difícil estabelecer a data exata para 1 e 2 Crônicas, é provável que a sua forma final tenha surgido lá pelo final do séc. V a.C. O último evento registrado nos versículos finais de 2 Crônicas é o decreto de Ciro, rei da Pérsia, que dá licença à volta dos judeus para Judá. É datado como 538 a.C. e dá a impressão de que Crônicas tenha sido composto pouco tempo depois.


Pano de Fundo


A volta dos judeus para Jerusalém depois do exílio aconteceu por ocasião de um de-creto de Ciro, rei da Pérsia, que autorizou o retorno (538 a.C.). Aqueles que desejassem tinham permissão de voltar à terra para reconstruir o templo e a cidade. O templo foi completado em 516 a.C., e os muros da cidade reconstruídos por volta de 445 a.C. A comunidade de judeus que regressaram precisava de encorajamento ao estruturar sua vida civil e religiosa. Crônicas determina a continuidade entre o Israel pré-exílico do passado e o presente pós-exílico, legitimando a ordem dessa nova comunidade.


Conteúdo


Judá não era mais uma monarquia, mas um grupo de ex-exilados, que viviam uma estagnação espiritual, complexo de inferioridade e abandono. Esdras compilou este livro com o objetivo de mostrar ao povo de Judá que o Deus deles é o Senhor soberano da história e que estava interessado na nação e a adoração e obediência proporcionariam a concretização das promessas.


1 Crônicas começa por uma retrospectiva genealógica provando que Deus escolheu, separou e os guardou. Começa com Adão, passando por Noé, Sem, Abraão, Jacó, Judá, Davi, Salomão, etc... Esdras é sacerdote e como tal tem seus olhares voltados aos aspectos eclesiásticos e espirituais da vida de Davi, como também com tudo o que se relaciona ao primeiro templo, embora já estivessem vivendo a realidade do segundo templo, recém construído.


Assim como 1 Crônicas apresenta o mesmo relato histórico de 1 e 2 Samuel e parte de 1 Reis, também, 2 Crônicas relata a história dos reis contidos em 1 e 2 Reis, concentrando-se, contudo, ao Reino de Judá.


VOCÊ SABIA ?

- Crônicas tem um papel semelhante ao papel de Deuteronômio no Pentateuco, e João nos evangelhos : suprir outros detalhes e explicações de eventos, da perspectiva divina (espiritual).


- Cobre um período mais abrangente do que qualquer outro livro do AT.


Conclusão


O período persa em que Crônicas foi compilado foi uma época de esperanças parcialmente cumpridas. Os judeus haviam recebido permissão para retornar do exílio babilônico, mas sem um rei. Haviam recebido permissão para reconstruir o templo, mas o "segundo templo" era modesto em comparação com o primeiro. O cronista reafirmou para aquela geração (e para a nossa) que, apesar das confusões da história, Deus está no controle e se envolve na vida de seu povo. 1 Crônicas omite as derrotas morais e destaca as vitórias de Davi para chamar a atenção para a soberania de Deus na vida do rei. Deus foi bem-sucedido ao usar Davi para a concretização dos planos divinos. Crônicas desafia os cristãos de hoje a destacar os pontos altos da obra de Deus na vida deles. Nossa esperança é que aquele que começou a boa obra em nós venha a completá-la (Fp 1.6).


1 Crônicas ilustra um uso responsável das Escrituras. O uso que o cronista faz do Pentateuco e dos Profetas para lançar nova luz sobre suas principais fontes demonstra que as Escrituras são o melhor guia para a interpretação das Escrituras. A necessidade de interpretar a "velha" história de Samuel e Reis para uma geração nova, no pós-exílio, determinou a composição de 1 e 2 Crônicas. Cada geração encara a tarefa de confrontar o próprio mundo com a verdade das Escrituras de tal modo que elas atendam às necessidades específicas de sua época.


2 Crônicas fala da importância do culto e da obediência. O cronista avaliou os reis de Judá, não por suas realizações seculares, mas com base em sua fidelidade a Deus, principalmente naquilo que se evidenciava no apoio ao culto no templo. O veredicto do cronista em relação a esses reis lembra aos cristãos de hoje que nossa vida também será julgada um dia. Ao longo da vida, devemos manter em mente os alvos de Deus e nos empenhar para obter sua aprovação : “Muito bem, servo bom e fiel” (Mt 25.21).

O pecado é coisa séria. O pecado do povo de Deus acarretou a destruição de Jerusalém, do templo e o exílio. Ainda que Deus castigue o pecado, o julgamento não é a palavra definitiva de Deus. Deus "é bom, porque a sua misericórdia dura para sempre sobre Israel" (Ed 3.11). 2 Crônicas termina com os exilados livres para voltar à terra e reconstruir o templo. Nosso Deus é um Deus de oportunidades, aquele que por intermédio de Jesus, oferece aos pecadores nova liberdade, a oportunidade de voltar para a família dos salvos e novas oportunidades para servi-lo.



ESDRAS

Autor


O livro de Esdras, cujo nome provavelmente significa ―O Senhor tem ajudado‖, deriva o seu título do personagem principal dos caps. 7-10. Não é possível saber com absoluta certeza se foi o próprio Esdras quem escreveu o livro ou se foi um editor desconhecido. A opinião conservadora e geralmente aceita é de que Esdras tenha escrito este livro usando vários documentos históricos (4.7-16), genealogias (2.1-70), e memórias pessoais (7.27 – 9.15) como fontes. A Bíblia hebraica reconhecia Esdras e Neemias como um só livro. (Ver autoria de Neemias).


O próprio Esdras era um sacerdote, um “escriba das palavras, dos mandamentos do SENHOR” (7.11). Liderou o segundo dos três grupos que retornaram da Babilônia pra Jerusalém. Como homem devoto, estabeleceu firmemente a Lei (o Pentateuco) como a base da fé (7.10).


Data


Podemos datar a composição de Esdras em 440 a.C. e as memórias de Neemias em 430 a.C.55

VOCÊ SABIA ?

- O decreto de Ciro, rei do império Medo-Persa, cumpriu a profecia de Isaías feita 200 anos antes (Is 44.28; 45.1).


- Foram três deportações, de três profetas maiores (606 – Daniel, 597 – Ezequiel, 586 – Jeremias), e três retornos com três grandes líderes (536 – Zorobabel, 457 – Esdras, 444 – Neemias).


- A partir desse momento os israelitas são chamados judeus, porque a maior parte deles era da tribo de Judá.


Pano de Fundo


A história começa em 538 a.C., durante o primeiro ano de governo do rei Ciro, da Pérsia, sobre a Babilônia. Durante o exílio dos judeus de Jerusalém, ocorreram três grandes deportações (606 a.C.; 597 a.C. e 586 a.C.). Jerusalém e o templo haviam sido destruídos pela invasão de Nabucodonosor e seu exército babilônio. Muitos judeus foram mortos ou exilados. Dentre os que foram levados para o exílio havia líderes políticos, religiosos e intelectuais da comunidade judaica. Mais tarde, Ciro subjugou os babilônios, e o Império passou para outras mãos. Acreditando que a adoração a deuses estrangeiros era uma vantagem política, Ciro tolerava e até incentivava essa prática, o que resultou num edito aos judeus para que retornassem a Jerusalém, a fim de reconstruir a casa de seu Deus. O edito permitindo que os judeus voltassem à sua terra natal foi inscrito no Cilindro de Ciro (538 a.C.). Descoberto no século XIX, o cilindro repete e confirma o relato bíblico do tratamento benevolente recebido pelos judeus quando eram cativos do rei Ciro.


Os profetas mais antigos como Jeremias e Isaías, haviam profetizado tanto os acontecimentos do exílio quanto, finalmente, o regresso do remanescente a Jerusalém.


Os judeus, porém, acreditavam na promessa davídica de uma dinastia que não teria fim. Ao verem que não tinham mais um rei no trono e, pior ainda, não tinham sequer um país, começaram a duvidar dos profetas. Alguns acreditavam que os judeus haviam cometido algum pecado imperdoável, resultando no cancelamento de seu destino por Deus. Havia pouca esperança no coração do povo de Israel antes do reinado de Ciro, da Pérsia.


Conteúdo


Duas grandes mensagens emergem de Esdras: a fidelidade de Deus e a infidelidade do homem. Os eventos de Esdras cobrem um período um pouco maior do que 80 anos e caem em dois segmentos distintos. O primeiro (caps.1-6) cobre um período de cerca de 23 anos e tem como tema o primeiro grupo que retorna do exílio sob Zorobabel e a reconstrução do templo.


O Império medo-persa vencera e dominara o império Babilônico e agora Ciro era o imperador. Depois de mais de 60 anos de cativeiro babilônico, Deus desperta o coração do regente da Babilônia, o rei Ciro da Pérsia que decidido pela libertação do povo judeu os envia de volta junto seus objetos de culto do templo. Retornaram para Judá aproximadamente 50.000 judeus sob a liderança de Zorobabel. Chegando a Jerusalém iniciam a obra de reconstrução do templo, lançando os seus alicerces. Logo são molestados pelos seus inimigos e por isso as obras de reconstrução do templo são interrompidas no ano 534 a.C. a pedido dos samaritanos e sob a ordem do Imperador Cambises, sucessor de Ciro. A reconstrução do templo é retomada no ano 520 a.C., no reinado de Dario, o grande (sucessor de Cambises). Neste período de interrupção destaca-se o ministério profético de Ageu e Zacarias. Após 4 anos de obras, o templo foi terminado.


Há um intervalo de aproximadamente 60 anos entre Esdras 6 e 7, outro grupo de exilados volta para Jerusalém liderados por Esdras (457 a.C.), (caps. 7-10). São enviados pelo rei persa Ataxerxes, com somas adicionais de dinheiro e valores para intensificar o culto no templo. Esdras também é comissionado para apontar líderes em Jerusalém para supervisionar o povo.


Esdras se entristece profundamente ao chegar em Jerusalém, pois encontrou o povo desanimado, voltando à idolatria e casando-se com mulheres pagãs. Esdras realiza então, profundas reformas religiosas. Mandou que despedissem as mulheres hetéias e que os homens voltassem às mulheres dos casamentos de suas mocidades. Depois disso, viveu, provavelmente, com um influente cidadão até à época de Neemias.


Conclusão


Antes do exílio, as esperanças nacionais e religiosas do povo de Deus andavam de mãos dadas. Após o retorno da Babilônia, a adoração no templo foi restaurada, e o povo comprometeu-se novamente com a lei de Moisés. Nunca mais, porém, um rei davídico governou um Judá independente.

Os judeus sobreviveram porque encontraram sua identidade como povo de Deus não em sonhos nacionalistas, mas no compromisso com a Palavra de Deus. Os cristãos devem tomar cuidado para não limitar Deus ao interesse nacional de um povo.


O livro de Esdras destaca as Escrituras como o princípio de governo para a vida do povo de Deus. Quando confrontados pelas exigências da Palavra de Deus, a exemplo da geração de Esdras, deixamos de atingir os padrões divinos. Nosso arrependimento, porém, deve ir além do remorso por uma falta moral e levar à realidade de uma vida transformada. O fato de Esdras ter ordenado o divórcio das esposas estrangeiras demonstra que as exigências do verdadeiro arrependimento e a obediência ã Palavra de Deus às vezes são dolorosas.


FATOS QUE DESPERTARAM ATENÇÃO.


1- Cuidaram primeiro de restaurar a casa do Senhor (2.68)

2- Ofertaram segundo os seus recursos (2.69; 3.7)

3- Se preocuparam com a unidade (3.1)


A unidade era visível entre eles. Esse espírito de união é também indispensável à igreja de hoje. Que importância você vê na unidade para a realização dos projetos de onde reúne?


4- Se preocuparam com a adoração (3.2-7)


Descobrimos que antes de qualquer coisa o culto ao Senhor deve ter prioridade na vida do seu povo. Watchman Nee observou que é muito fácil colocarmos a obra do Senhor antes do Senhor da obra.


A oferta do Holocausto (3.2,3)


a. O sacrifício era um ato de entrega. Sacrificar quer dizer entregar.


QUE ESTAMOS (ENTREGANDO, CEDENDO, SACRIFICANDO) QUANDO ADORAMOS A DEUS?


b. O sacrifício era um ato de fidelidade.


“Adorar a Deus nas horas difíceis é prova da fé forte, daquele que reconhece a Sua onipotência e admite que Ele não erra”.


As festas religiosas (3.4-6)


Vemos aqui o abundante zelo e serviço dos judeus. Ofereciam holocaustos diários.


5- Se preocuparam com a amizade do mundo


Os inimigos se ofereceram para cooperar na edificação do templo porém eles não permitiram. Devemos tomar cuidado com as coisas aparentemente boas que devagar se infiltram em nossas vidas.


6- Celebraram com regozijo a construção do templo.


Embora a quantidade de sacrifícios durante a dedicação do novo templo seja insignificante se comparado com a consagração do antigo, felizmente o povo não deu importância a isso.


22.000 bois – 120.000 ovelhas X “E ofereceram para a dedicação desta casa de Deus cem novilhos, duzentos carneiros, quatrocentos cordeiros, e doze cabritos por expiação do pecado de todo o Israel; segundo o número das tribos de Israel”. Esdras 6.17.

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