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BIBLIOLOGIA - PROFÉTICOS - ESTRUTURA E ENSAIO

Atualizado: 22 de abr. de 2020



Introdução


São 17 livros chamados proféticos, que vão de Isaías a Malaquias. Estão subdivididos em Profetas Maiores e Profetas Menores, sua composição é: Profetas Maiores: Isaías, Jeremias, Lamentações de Jeremias, Ezequiel e Daniel; Profetas Menores : Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias.


Os livros trazem o nome de 16 profetas hebreus, aos quais se acrescentam as Lamentações. Os quatro profetas “maiores”, Isaías, Jeremias, Ezequiel e Daniel são seguidos pelos chamados doze profetas “menores”, autores de livros breves. Os livros dos profetas vão desde a época áurea do povo israelita até o exílio e o retorno à pátria. Entre os primeiros contam-se Amós e Oséias, que dirigiram suas mensagens ao reino do norte, no século VIII a.C. Mas a maioria dos profetas atuou no reino de Judá. Aí desenvolveram suas atividades Isaías, Miquéias e talvez também Joel em torno de 700 a.C., mais de cem anos antes da queda de Jerusalém em 587 a.C. Jeremias, Habacuque e Sofonias proclamaram suas palavras nos anos que antecederam a queda da cidade e durante o exílio. Ageu, Zacarias e Malaquias profetizaram durante e após o retorno, a partir de 538 a.C. Alguns profetas tiveram outros destinatários. Jonas e Naum dirigiram mensagens especiais a Nínive, a capital da Assíria destruída em 612 a.C. Daniel é descrito como profeta em Babilônia. Obadias sentenciou contra Edom, antigo inimigo de Israel.


Os Livros Dos Profetas Maiores


O Livro De Isaías


Isaías viveu no século VIII a.C. O livro que trás o seu nome é dos mais impressionantes do Antigo Testamento. Pinta com cores fortes o poder de Deus e contém mensagem de esperança para o seu povo. O chamado de Isaías para a função de profeta é descrito no cap. 6. Ele profetizou durante mais de quarenta anos.


Os caps. 1 - 39 pertencem ao período em que o reino de Judá foi ameaçado pela Assíria, o grande império do mundo bíblico de então. Mas Isaías proclamou que o perigo real para a nação estava nos seus pecados e na sua desobediência a Deus. O povo não confiava em Deus e o profeta convidou-o a voltar a ele, a restabelecer a justiça e a agir corretamente. Se não prestasse ouvidos, Judá seria destruído. Isaías também voltou os olhos para o futuro, época em que em todo o mundo reinaria a paz. Um descendente do rei Davi tornar-se-ia o rei ideal que cumpriria a vontade de Deus.


Os caps. 40 - 55 tratam da volta do exílio de Babilônia. O povo tinha perdido toda esperança, mas o profeta lhe fala de um tempo em que Deus o libertaria e reconduziria a Jerusalém. Enfatiza o fato de que Deus controla a história e acena ao plano divino de utilizar a nação de Israel para levar a esperança a todos os povos. Esta parte do livro inclui certo número de passagens em que o profeta, olhando para o futuro, fala da vinda do “Servo de Iahweh”, portador de esperança para a nação. Os caps. 56 - 66 formam seção separada, dirigida principalmente aos judeus que voltaram a Jerusalém.


O Livro De Jeremias


Jeremias viveu cerca de cem anos depois de Isaías, tendo sido chamado por Deus à vocação de profeta em 627 a.C. e morrido pouco depois de 587 a.C. Na sua época, a Assíria, a superpotência do norte, entrava em decadência. A nova ameaça do reino de Judá era Babilônia. Por quarenta anos advertiu o povo sobre o futuro juízo de Deus, que o castigaria, por causa da sua idolatria e do seu pecado. Por fim suas palavras cumpriram-se. Em 587 a.C. o exército babilônico, conduzido por Nabucodonosor, destruiu Jerusalém e o templo, levando muitos judeus para o exílio. Jeremias recusou a oferta para ir viver comodamente na corte babilônica e provavelmente morreu no Egito. Os caps. não seguem a ordem cronológica dos fatos. O livro começa com a descrição da vocação de Jeremias.


Os primeiros 25 caps. contêm mensagens de Deus dirigidas a Judá durante os reinados dos últimos reis : Josias, Joacaz, Jeoaquim, Joaquim (filho deste) e Zedequias.


Os caps. 26 - 45 narram acontecimentos da vida de Jeremias e incluem algumas outras profecias. Os caps. 46 - 51 trazem as mensagens enviadas por Deus a diversas nações estrangeiras.


Os capítulos finais descrevem a queda de Jerusalém e o exílio em Babilônia. Jeremias tornou-se muito impopular e foi acusado de traição, porque exortava o povo a render-se aos babilônios. Mas ele amava o seu povo e sofria por ser obrigado, pela sua dramática missão, a anunciar o juízo de Deus. Era muito inseguro de si, mas jamais traiu a mensagem que Deus lhe confiara. Embora seja lembrado pelo seu pessimismo, também teve palavras de esperança e prometeu que, depois do obscuro período do exílio, Deus reconduziria o seu povo de volta à pátria.


O Livro De Lamentações


O livro das Lamentações é uma coletânea de cinco poemas, que choram a queda de Jerusalém em 587 a.C. e o exílio. O templo tinha sido destruído e a nação via nisso um sinal de que Deus a tinha entregado aos inimigos. O profeta chora o pecado do seu povo. O livro é principalmente um lamento. Mas também contém promessa de esperança. A obra ainda continua sendo lida em voz alta nas sinagogas em julho de cada ano, quando os judeus recordam a destruição do templo em 587 a.C. e em 70 a.C.


O Livro De Ezequiel


O profeta Ezequiel foi levado para o exílio em Babilônia no ano de 597 a.C. e ali viveu antes e depois da queda de Jerusalém em 587 a.C. Foi chamado para a missão de profetizar aos trinta anos de idade e dirigiu sua mensagem tanto aos exilados em Babilônia, quanto ao povo que ainda vivia na longínqua Jerusalém.


Quando recebeu o chamado profético também teve uma vívida visão da santidade de Deus (caps. 1-3), que influenciou toda a sua vida.


Os caps. 4-24 prevêem o juízo divino sobre Israel : Jerusalém será destruída. Ezequiel também anunciou o juízo de Deus contra as nações que ameaçavam o seu povo (caps. 25-32).


Depois da queda de Jerusalém em 587 a.C. mudou o tom de sua mensagem (caps. 33-39), levou conforto ao povo e fez brilhar a promessa e a esperança para o futuro : Deus haveria de libertar Israel.


Finalmente descreveu as visões que teve sobre o futuro, em que o povo ofereceria a Deus culto perfeito em templo novo (caps. 40-48).


Ezequiel sublinhou a responsabilidade individual diante de Deus e a renovação do povo partindo do coração.


O Livro De Daniel


Daniel é apresentado como exilado de Judá que viveu na corte babilônica no tempo de Nabucodonosor e seus sucessores. Na verdade, parece mais homem de Estado que profeta. O livro que leva seu nome foi escrito no momento em que o povo judeu estava oprimido, talvez durante a perseguição Babilônica sob o domínio de Nabucodonosor.


Os caps. 1-6 narram episódios da vida de Daniel e alguns amigos seus, exilados na época do império babilônico e persa. Porque confiaram em Deus e a ele obedeceram a qualquer preço, triunfaram dos seus inimigos.


O restante do livro contém uma série de visões do profeta (caps. 7-12), que descrevem em termos figurativos o nascimento e a queda dos impérios. Os perseguidores pagãos cairão e o povo de Deus sairá vitorioso.


A versão grega da Setenta e, conseqüentemente, a Bíblia católica, tem mais dois caps., 13-14, que, entre outras coisas, contam a história da casta Susana injustamente acusada, mas salva por Daniel.

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