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BIBLIOLOGIA : AS DIVINAMENTE INSPIRADAS ESCRITURAS

Atualizado: 6 de abr. de 2020


“Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça, para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente instruído para toda boa obra.” II Timóteo 3.16,17


      "Porque a profecia não foi antigamente produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram, inspirados pelo Espírito Santo" (2 Pedro 1:21).


       O termo “Escritura”, conforme se encontra em 2 Timóteo 3.16, refere-se principalmente aos escritos do Antigo Testamento (3.15). 

       Há evidências, porém, de que escritos do Novo Testamento já eram considerados Escritura divinamente inspirada por volta do período em que Paulo escreveu 2 Timóteo (I Timóteo 5.18, Lucas 10.7; II Pedro 3.15,16). 

       Para nós, hoje, a Escritura refere-se aos escritos divinamente inspirados tanto do Antigo Testamento quanto do Novo Testamento. 

       São (os escritos) a mensagem original de Deus para a humanidade, e o único testemunho infalível da graça salvífica de Deus para todas as pessoas. 

       Paulo afirma que toda a Escritura é inspirada por Deus. 

       A palavra “inspirada” (gr. theopneustos) provém de duas palavras gregas: Theos, que significa “Deus”, e pneuo, que significa “respirar”. 

       Sendo assim, “inspirado” significa “respirado por Deus”. 

       Toda a Escritura, portanto, é respirada por Deus; é a própria vida e Palavra de Deus. 

       A Bíblia, nas palavras dos seus manuscritos originais, não contém erro; sendo absolutamente verdadeira, fidedigna e infalível. 

       Esta verdade permanece inabalável, não somente quando a Bíblia trata da salvação, dos valores éticos e da moral, como também está isenta de erro em tudo aquilo que ela trata, inclusive a história e o cosmos. Confira : ( II Pedro 1.20,21; veja também a atitude do salmista para com as Escrituras no Salmos 119). 

       Os escritores do Antigo Testamento estavam conscientes de que o que disseram ao povo e o que escreveram é a Palavra de Deus (ver Deuteronômio 18.18; II Samuel 23.2). 

       Repetidamente os profetas iniciavam suas mensagens com a expressão: “Assim diz o Senhor”.

       Jesus também ensinou que a Escritura é a inspirada Palavra de Deus até em seus mínimos detalhes (Mateus 5.18). Afirmou, também, que tudo quanto Ele disse foi recebido da parte do Pai e é verdadeiro (João 5.19, 30,31; 7.16; 8.26). 

       Ele falou da revelação divina ainda futura (a verdade revelada do restante do Novo Testamento), da parte do Espírito Santo através dos apóstolos (João 16.13; 14.16,17; 15.26,27). 

       Negar a inspiração plenária das Sagradas Escrituras, portanto, é desprezar o testemunho fundamental de Jesus Cristo (Mateus 5.18; 15.3-6; Lucas 16.17; 24 25-27, 44,45; João 10.35), do Espírito Santo (João 15.26; 16.13; I Coríntios 2.12-13; I Timóteo 4.1) e dos apóstolos (3.16; II Pedro 1.20,21). 

       Além disso, limitar ou descartar a sua inerrância é depreciar sua autoridade divina. 

       Na sua ação de inspirar os escritores pelo seu Espírito, Deus, sem violar a personalidade deles, agiu neles de tal maneira que escreveram sem erro (3.16; II Pedro 1.20,21; I Coríntios 2.12,13). 

       A inspirada Palavra de Deus é a expressão da sabedoria e do caráter de Deus e pode, portanto, transmitir sabedoria e vida espiritual através da fé em Cristo (Mateus 4.4; João 6.63; 2 Timóteo 3.15; I Pedro 2.2). 

       As Sagradas Escrituras são o testemunho infalível e verdadeiro de Deus, na sua atividade salvífica a favor da humanidade, em Cristo Jesus. Por isso, as Escrituras são incomparáveis, eternamente completas e incomparavelmente obrigatórias. 

       Nenhuma palavra de homens ou declarações de instituições religiosas igualam-se à autoridade delas.

       Qualquer doutrina, comentário, interpretação, explicação e tradição deve ser julgado e validado pelas palavras e mensagem das Sagradas Escrituras (Deuteronômio 13.3). 

       As Sagradas Escrituras como a Palavra de Deus devem ser recebidas, cridas e obedecidas como a autoridade suprema em todas as coisas pertencentes à vida e à piedade (Mateus 5.17-19; João 14.21; 15.10; II Timóteo 3.15,16; Êxodo 20.3). 

       Na Igreja, a Bíblia deve ser a autoridade final em todas as questões de ensino, de repreensão, de correção, de doutrina e de instrução na justiça (II Timóteo 3.16,17). 

       Ninguém pode submeter-se ao senhorio de Cristo sem estar submisso a Deus e à sua Palavra como a autoridade máxima (João 8.31,32, 37). 

       Só podemos entender devidamente a Bíblia se estivermos em harmonia com o Espírito Santo. É Ele quem abre as nossas mentes para compreendermos o seu sentido, e quem dá testemunho em nosso interior da sua autoridade (I Coríntios 2.12).

       A Bíblia contém todos os fatos e todas as verdades reveladas pelo Espírito de Deus ao homem. 

     As Escrituras admitem o poder controlador sobre as crenças exercido pelo ensino intimo do Espírito Santo, ou seja a experiência religiosa. Esta verdade ao bem se ilustra na palavra do apóstolo Paulo que disse: 

   "A minha palavra, e a minha pregação não consistiu em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração de Espírito e de poder" (1 Cor. 2:4). 

  Esse ensino ou "demonstração" íntima do Espírito Santo limita-se às verdades objetivamente reveladas nas Escrituras, não como revelação de novas verdades, mas como iluminação da mente que a torna apta para perceber a verdade, a excelência e a glória das coisas anteriormente reveladas.

       Assim disse o apóstolo Paulo em continuação da passagem :

 

       "Mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus. Porque, qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem, que nele está ? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus. Mas nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que provém de Deus, para que pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus. As quais também falamos, não com palavras de sabedoria humana, mas com as que o Espírito Santo ensina, comparando as coisas espirituais com as espirituais. Ora o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é discernido. Porque, quem conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí-lo ? Mas nós temos a mente de Cristo" (1 Cor. 2:10-16).


       Devemos nos firmar na inspirada Palavra de Deus para vencer o poder do pecado, de Satanás e do mundo em nossas vidas (Mateus 4.4;Ef 6.12,17; Tiago 1.21).

       Todos devem amar, estimar e proteger as Escrituras como um tesouro, tendo-as como a única verdade de Deus para um mundo perdido e moribundo. 

       Devemos manter puras as suas doutrinas, observando fielmente os seus ensinos, proclamando a sua mensagem salvífica, confiando-as a homens fiéis, e defendendo-as contra todos que procuram destruir ou distorcer suas verdades eternas (ver Filipenses 1.16; 2 Timóteo 1.13,14 notas; 2.2;Judas 3). 

       Ninguém tem autoridade de acrescentar ou subtrair qualquer coisa da Escritura (Deuteronômio 4.2; Apocalipse 22.19). 

       Um fato final a ser observado aqui. A Bíblia é infalível na sua inspiração somente no texto original dos livros que lhe são inerentes. Logo, sempre que acharmos nas Escrituras alguma coisa que parece errada, ao invés de pressupor que o escritor daquele texto bíblico cometeu um engano, devemos ter em mente três possibilidades no tocante a um tal suposto problema : 


(a) As cópias existentes do manuscrito bíblico original podem conter inexatidão; 

    (b) As traduções atualmente existentes do texto bíblico grego ou hebraico podem conter falhas

(c) A nossa própria compreensão do texto bíblico pode ser incompleta ou incorreta.


       A doutrina da inspiração, como é apresentada na Palavra, é relativamente simples, mas o surgimento de idéias errôneas criou a necessidade de proteger a doutrina certa com definições completas e detalhadas. Contra certas teorias, é necessário afirmar que a inspiração das Escrituras é a seguinte :


1. Divina e não apenas humana. 


O modernista identifica a inspiração das Escrituras Sagradas com o mesmo esclarecimento espiritual e sabedoria de que foram dotados tais homens como: Platão, Sócrates, Browning, Shakespeare e outros gênios do mundo literário, filosófico e religioso. A inspiração, dessa forma, seria considerada apenas uma coisa puramente natural. Essa teoria rouba à palavra inspiração todo o seu significado e não combina, em absoluto, com o caráter sobrenatural e único da Bíblia.


2. Única e não comum. 


Alguns confundem a inspiração com o esclarecimento. Refere-se à influência do Espírito Santo, comum a todos os cristãos, influência que os ajuda a compreender as coisas de Deus. (1 Cor. 2:4; Mat. 16:17.)  Tal esclarecimento é prometido aos crentes e tem sido experimentado por eles. Mas este esclarecimento não é o mesmo que inspiração.

       Sabemos, segundo está escrito em 1 Ped. 1:10-12, que às vezes os profetas recebiam verdades por inspiração e lhes era negado esclarecimento necessário à sua compreensão dessas mesmas verdades. O Espírito Santo inspirou-lhes as palavras mas não achou por bem conceder-lhes a compreensão do seu significado. Descreve-se Caifás como sendo o veículo duma mensagem inspirada (se bem que o foi inconscientemente), apesar de não estar ele pensando em Deus. Nesse momento ele foi inspirado mas não esclarecido. (João 11:49-52.)


3. Viva e não mecânica. 


       A inspiração não significa ditado, no sentido de que os escritores fossem passivos, sem que tomassem parte as suas faculdades no registro da mensagem, embora sejam algumas porções das Escrituras ditadas, como por exemplo os Dez Mandamentos e a Oração Dominical. A própria palavra inspiração exclui o sentido de ação meramente mecânica, e a ação mecânica exclui qualquer sentido de inspiração. 

       Por exemplo, um homem de negócios não inspira sua secretária ao ditar-lhe as cartas. Deus não falou pelos homens como quem fala por um alto falante. Antes seu Divino Espírito usou as suas faculdades mentais, produzindo desta maneira uma mensagem perfeitamente divina, e que, ao mesmo tempo, conservasse os traços da personalidade do autor. Embora seja a Palavra do Senhor, é ao mesmo tempo, em certo sentido, a palavra de Moisés, ou de Paulo. 

       "Deus nada fez a não ser pelo homem; o homem nada fez, a não ser por Deus. é Deus quem fala no homem, é Deus quem fala pelo homem, é Deus quem fala como homem, é Deus quem fala a favor do homem."


4. Completa e não somente parcial. 


       Segundo a teoria da inspiração parcial, os escritores seriam preservados do erro em questões necessárias à salvação dos homens, mas não em outras matérias como sejam: história, ciência, cronologia e outras semelhantes. Portanto, segundo essa opinião, seria mais correto dizer que "A Bíblia contém a Palavra, em lugar de dizer que é a Palavra de Deus".

     Essa teoria nos submergiria num pântano de incertezas, pois quem pode, sem equívoco, julgar o que é e o que não é essencial à salvação? Onde está a autoridade infalível que decida qual parte é a Palavra de Deus e qual não o é? E se a história da Bíblia é falha, então a doutrina também o é, porque a doutrina bíblica se baseia na história bíblica. Finalmente, as Escrituras mesmas reivindicam para si a inspiração plenária. Cristo e seus apóstolos aplicaram o termo "Palavra de Deus" a todo o Antigo Testamento.


5. Verbal e não apenas de conceitos. 


Segundo outra teoria, Deus inspirou os pensamentos mas não as palavras dos escritores. Isto é, Deus inspirou os homens, e deixou ao critério deles a seleção das palavras e das expressões. 

      Mas a ênfase bíblica não está nos homens inspirados, mas sim nas palavras inspiradas.

 

       "Havendo antigamente falado aos pais pelos profetas" (Heb. 1:1). 

       "Homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo" (2 Pedro 1:21). 


       Ainda mais, é difícil separar a palavra do pensamento; um pensamento é uma palavra antes de ser ela proferida. ("não comeceis a dizer em vossos corações"; "o tolo disse em seu coração"); uma palavra é um pensamento ao qual se deu expressão. 

       Pensamentos divinamente inspirados naturalmente teriam sua expressão em palavras divinamente inspiradas. 

       Paulo nos fala de "palavras ensinadas pelo Espírito" (1 Cor. 2:13). 

       Finalmente, uma simples palavra é citada como sendo o fundamento de doutrinas básicas. (João 10:35; Mat. 22:42-45; Gál. 3:16; Heb. 12:26, 27.)

REVELAÇÃO E INSPIRAÇÃO


       Por revelação queremos dizer aquele ato de Deus pelo qual ele dá a conhecer o que o homem por si mesmo não podia saber; por inspiração queremos dizer que o escritor é preservado de qualquer erro ao escrever essa revelação. Por exemplo, os Dez Mandamentos foram revelados, e Moisés foi inspirado ao registrá-los no Pentateuco.

       A inspiração nem sempre implica revelação; por exemplo, Moisés foi inspirado a registrar eventos que ele mesmo havia presenciado e que dessa maneira estavam dentro do âmbito do seu próprio conhecimento.Distingamos também entre as palavras inspiradas e os registros inspirados. Por exemplo, muitos dizeres de Satanás são registrados nas Escrituras e sabemos que o diabo certamente não foi inspirado por Deus ao proferi-los; mas o registro dessas expressões satânicas foi inspirado.


QUESTIONÁRIO


1) SEGUNDO PAULO ESCREVEU A TIMÓTEO; PARA O QUE AS ESCRITURAS SÃO PROVEITOSAS ?

2) SEGUNDO OS APÓSTOLOS PAULO E PEDRO; POR QUEM AS ESCRITURAS FORAM INSPIRADAS?

3) AO QUE SE REFERE O TERMO "ESCRITURAS" EM 2 TIMÓTEO 3:16

4) DESDE QUANDO A ESCRITURAS DO NOVO TESTAMENTO JÁ ERAM CONSIDERADAS DIVINAMENTE INSPIRADAS ?

5) QUANDO PAULO DIZ QUE TODA ESCRITURA É INSPIRADA POR DEUS; A QUAIS ESCRITURAS ELE SE REFERE ?

6) O QUE SÃO, PARA NÓS CRISTÃOS, OS ESCRITOS SAGRADOS ?

7) DE ONDE VEM E O QUE SIGNIFICA A PALAVRA "INSPIRADA" ?

8) CITE DUAS PASSAGENS BÍBLICAS QUE INDICAM QUE AS ESCRITURAS SÃO INFALÍVEIS ?

9) CITE DUAS PASSAGENS BÍBLICAS QUE REVELAM QUE OS AUTORES BÍBLICOS ESTAVAM CONSCIENTES DE QUE SUAS PALAVRAS ERAM DE DEUS.

10) CITE DOIS TESTEMUNHOS DADOS PELO PRÓPRIO JESUS DE QUE SUAS PALAVRAS OU ENSINAMENTOS ERAM DE DEUS.

11) PORQUE NEGAR A INSPIRAÇÃO PLENÁRIA DAS ESCRITURAS SERIA NEGAR O TESTEMUNHO DE JESUS, DO ESPÍRITO SANTO E DOS APÓSTOLOS A CERCA DAS ESCRITURAS ?

12) PORQUE LIMITAR OU DESCARTAR A INERRÂNCIA DAS ESCRITURAS SERIA DEPRECIAR A AUTORIDADE DIVINA DAS ESCRITURAS ?

13) EXPLIQUE COMO DEUS INSPIROU OS ESCRITORES BÍBLICOS SEM VIOLAR A PERSONALIDADE DELES.

14)




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