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TEOLOGIA PASTORAL - I E II



TEOLOGIA PASTORAL - I


O MINISTÉRIO CONFORME O NOVO TESTAMENTO


O N.T. dá ênfase ao ministério em virtude de sua importância na expansão, edificação e aperfeiçoamento da Igreja de Cristo, Ef 4.15,16; Rm 12.4,5.


1- O CONTEÚDO DO MINISTÉRIO : neste conteúdo esta aquilo que é de competência divina e o que é de responsabilidade do ministro chamado.


A- VOCAÇÃO : o ministério não é uma profissão e os ministros não são profissionais empregados, fruto de uma decisão humana, nem são como os sacerdotes separados por herança familiar. São pessoas vocacionadas por Deus com um propósito, 2Co 4.6,7. Por tanto o ministro não deve questionar sua chamada, mas aceita-la como um privilegio. Não havendo uma chamada não haverá ministério.


B- CAPACITAÇÃO : essa capacidade não é aquela que vem como resultado da dedicação, da aplicação, que falaremos mais adiante. Aqui nos referimos ao que o senhor dá, Paulo sintetizou isto em 2Co 3.5,6 a capacidade que vem de cima. Sem isso nenhuma cultura será suficiente para atender as questões difíceis do ministério. Deus nos capacita assim como fez com os discípulos e com Moisés, Lc 9.1,2; Êx 4.1-12.


C- COMISSÃO : todos os cristãos recebem a responsabilidade de pregar o evangelho, mas o ministro recebe uma missão especifica, ele tem um trabalho a fazer. Não se pode aceitar um obreiro que anda de um lado para o outro sem definir seu ministério, Rm 1.1; 1Co 1.1.


D- AUTORIDADE : Deus delega poder aqueles que são chamados para executar a sua missão. Paulo reivindica sua autoridade para repreender os faltosos e presunçosos da igreja de Corinto, 2Co 13.10. o grande segredo da autoridade está em usar com temor e reverencia o poder do nome de Jesus, At 3,6; 4.10; 9.34; 16.18; Ef 6.12; Lc 24.47.


O OBJETIVO DO MINISTÉRIO


A principal tarefa do ministério neotestamentário é a comunicação da palavra de Deus. Os doze apóstolos foram chamados para pregar o evangelho, Mc 3.14; Lc 9.2; At 10.42. A grande comissão é uma ordem expressa para todos em qualquer tempo em qualquer lugar. A comunicação da palavra de Deus se realiza de três maneiras: Mt 4.23; 9 35; Lc 4. 17-19. Jesus praticou e seus discípulos o seguiram, At 5.12, 42; 6.2,4; 15.35. Pregação ensino e milagres.


A- A PREGAÇÃO : A pregação tem o dever de anunciar a palavra de Deus na pessoa de Cristo como o único salvador, que para a salvação dos homens há um preço que só Ele poderia ter pagado. A pregação tem a intenção de alcançar as emoções das pessoas levando-as aos pés de Cristo. Ainda na pregação se pode dar testemunho da grandeza do poder de Deus em efetuar curas e livramentos, contanto que o testemunho obedeça a seus objetivos: glorificar a Deus, relatar um fato e edificar a Fe dos que o ouvem.


B- O ENSINO : O ensino é diferente da pregação, ele visa alcançar a mente da pessoa fazendo-a raciocinar. Enquanto a pregação é como falar pela radio, uns ouvem outros não, o ensino é como telefonar, é um contato direto e pessoal que se espera uma resposta. Jesus ocupou a maior parte do seu ministério em ensinar e a Igreja primitiva fez o mesmo, At 1.1; 28.31.


C- OPERAÇÃO DE MILAGRES : Os milagres aliviam as dores, opressões e angustias dos necessitados, como também revela o poder de Deus, e acima de tudo confirma a palavra de Deus e o ministério dos servos de Deus, Mc 16.20.


TIPOS DE MINISTÉRIOS


Os dons estão revelados em três dimensões nas Escrituras, com o objetivo de atender todas as necessidades da Igreja e envolver todos os membros do corpo de Cristo.


- Dons de serviço cristão, ( RM 12.4-8) esses dons edificam o cristão como indivíduo, eles atuam a favor do crente como membro individual do corpo de Cristo.


- Dons de manifestação do Espírito Santo, ( 1ª CO 12. 7-11). Esses dons edificam a Igreja como corpo, ( 1ª CO 14.12). são dons exercidos na congregação parta a edificação de todos.


- Dons ministeriais, ( EF 4.11,12 ), são dons em forma de homens que Deus dá à Igreja para seu aperfeiçoamento


APÓSTOLOS : ( MT 10.2; LC 6.12,13). Apóstolo literalmente enviado.


- Há três tipos de Apóstolos :


- O Apóstolo enviado pelo Pai, Jesus, ( HB 3.1; JO 17.3).

- Os Apóstolos enviados por Jesus, os doze, ( LC 6.12,13).

- Os Apóstolos enviados pelo Espírito Santo, ( AT 13.1,2).

- Deus disse : Profetas e Apóstolos lhes enviarei, ( LC 11.49).

- O termo Apostellõ = enviar com propósito particular. Lucas menciona o termo Apóstolos depois de os discípulos regressarem de sua missão com êxito, ( LC 9.10; 17.5; 22.14; 24.10).


- Paulo faz diferença entre os doze e os demais Apóstolos, ( GL 1.19; 2.9), Tiago irmão do Senhor, que antes nem era discípulo, ( JO 7.5).


- Os demais Apóstolos, ( 1ª CO 9.1-6).

- Silas e Timóteo, ( 1ª TS 2.6).

- Andrônico e Júnia, ( RM 16.7).


- Os doze dão o estabelecimento inicial da Igreja, e aparecem como o fundamento em Apocalipse, ( 21.14).


- Mesmo quando estavam os doze com o Senhor, Ele enviou os setenta dando a entender que haveria um sistema mais abrangente em relação ao mundo da missão Apostólica, (MT 10; LC 10).


TEOLOGIA PASTORAL II


A teologia pastoral também é conhecida como “pastoralia” o seu nome técnico deriva do latim. Trata-se de um dos ramos da educação teológica que se preocupa com os labores pastorais teóricos e práticos. A prioridade é dada a vida espiritual e pessoal do individuo que está sendo treinado, ao seu treinamento nas Escrituras Sagradas; ao desenvolvimento da sua sensibilidade às necessidades das pessoas; às habilidades com as quais poderá servir ao próximo; ao lado prático do ministério para com os enfermos e outros, em cooperação em atividades sociais e legais; à ministração de cultos normais e especiais, como também as ordenanças, casamentos, funerais, cerimônias cívicas e etc. acima de tudo isso pregar e ensinar que é um dos aspectos mais importantes desse treinamento.


O Ministro vive num mundo de aspectos diversificados, em todos estes aspectos ele necessita exercer seu ministério com integridade. Primeiramente o Ministro vive num contexto espiritual onde Jesus Cristo é o Senhor Fl 3.8. Neste contexto há três coisas para serem observadas: primeira, o Ministro conta com a presença do Senhor, Mt 28. 18,19; segunda a alma imortal do homem deve ser restaurada e esse é o seu alvo, Rm 1.16; e em terceiro lugar o Ministro tem um inimigo que não se cansa, Ef 6. 10-13; 1ª Pd 5.8. O Ministro também vive em uma sociedade da qual ele também é cidadão, como todas as pessoas ele tem responsabilidades cívicas as quais deve cumpri-las. Neste contexto social há muitas religiões, o Ministro tem o dever de pregar o evangelho completo sem atacar a ninguém e nem ser parcial com a palavra de Deus. Finalmente o Ministro vive num contexto institucional, sendo o governo a principal instituição. A vigilância no relacionamento com as instituições para ser um exemplo constante e não se curvar as pressões e corrupções, ao suborno, nem ceder a qualquer atividade ilícita. Com o objetivo de proporcionar maior compreensão da responsabilidade e missão do ministério pastoral é que este texto foi elaborado.


O INDIVIDUO CHAMADO PARA O MINISTÉRIO


Deus chama homens para as mais diversas atividades no seu reino, e como Ele é soberano na maneira de fazer as suas coisas não tem um método único para efetuar a chamada, porem, tem um método para cada chamada.


1- A CHAMADA : a definição da chamada pode ser vista como a implantação da intenção divina dentro do coração da pessoa.


MÉTODO DIRETO E INDIRETO


Houve pessoas que foram chamadas diretamente pelo Senhor são os casos de:


A- NOÉ, Gn 6.13 Deus o chamou para construir uma arca.

B- ABRAÃO, Gn 12.1 Deus o chamou para peregrinar.

C- MOISÉS, Êx 3.10 Deus o chamou para libertar e guiar seu povo.

D- SAMUEL, 1 Sm 3.10, Deus o chamou para julgar a Israel.

E- DAVI, 1 Sm 16. 13 Deus o chamou para reinar sobre seu povo.

F- ISAÍAS, Is 6.9 Deus o chamou para profetizar para o povo.

G- OS APÓSTOLOS, Mc 4. 13-15 o Senhor os chamou para prepará-los para o ministério.

H- PAULO, At 26.19 o Senhor o chamou para evangelizar aos gentios.


Houve pessoas que foram chamadas indiretamente, ou por um método indireto, o que pode envolver pessoas como também circunstâncias:


A- JOSÉ, Gn 37. Deus o chamou para enfrentar as covas da vida até chegar ao lugar que deveria ocupar.


B- JOSUÉ, Nu 27. 18-20, o maior exemplo de discipulado do Antigo Testamento, chamado para auxiliar Moisés, e depois substituí-lo.


C- TIMÓTEO, At 16.1-4, separado por Paulo para a obra missionária, tornouse, no maior cooperador do Apostolo, Rm 16 21.


O MOTIVO E A NECESSIDADE DA CHAMADA


A- O MINISTÉRIO NÃO É PROFISSÃO : ao citarmos alguns exemplos do Antigo Testamento, fica claro que o ministério não é uma profissão, na antiga aliança o sacerdócio era privativo dos filhos de Aarão e os profetas eram chamados pelo Senhor diretamente. No Novo Testamento o ministério é um dom, Ele mesmo dá Ef 4.11.


B- A CERTEZA DA CHAMADA : a certeza da chamada de Deus faz o servo do senhor superar obstáculos considerados impossíveis.


- Veja as lutas de Moisés como o povo no deserto, Nu 12. 1-16; 14.1-19; 16. 1-19

- A perseverança de Paulo e sua determinação em cumprir seu ministério, At 14. 19-22


C- CHAMADA E MISSÃO : a chamada é acompanhada de uma missão. Ninguém que é chamado pelo Senhor anda por ai batendo no ar sem saber o que fazer.


4- A CHAMADA TEM CARACTERÍSTICAS ESPECIFICAS : o Novo Testamento apresenta as seguintes características :


A- DIVINA : não é uma incumbência dada por uma convenção ou Igreja. Deus chama, a Igreja reconhece a presença do dom e o ministério ordena. Se não houver uma ação divina não haverá dom e não haverá ministério.


B- PESSOAL : Deus tem o ministério certo para a pessoa certa e até o lugar certo em alguns casos. Deus é soberano e onisciente, só Ele pode saber estas coisas.


C- SOBERANA : o servo do Senhor ao ser chamado deve aceitar com humildade e abnegação, reconhecendo isto como um ato do conhecimento deste deus soberano. Tem que confiar no Senhor ainda que algumas coisas não lhe sejam muito claras, Is 55. 8,9, 1Co 2.16.


D- DEFINITIVA : a chamada para o ministério é definitiva, aquele que é chamado não pode impor condições. Pelo contrario, deve agradecer a Deus o privilegio de ser chamado, Lc 9. 57-62; 1Tm 1.12,13.

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