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MOBILIZAÇÃO MISSIONARIA - INTRODUÇÃO



A definição do que é a missão da igreja cristã é sem dúvida um dos pontos mais cruciais da teologia. Afinal, o que Deus requer que seu povo faça, exerça e realize no mundo a qual ela foi enviada ? O que devemos entender por missão cristã ? Quais são a natureza e os objetivos da missão da igreja ? Perguntas como essas podem receber uma variedade de respostas a partir dos diversos pressupostos e compromissos teológicos. Diante disso, este estudo visa trazer uma breve reflexão sobre a missão da igreja cristã e sua relação com a responsabilidade social, demostrando, à luz das Sagradas Escrituras, que a missão cristã envolve várias dimensões.


A MISSÃO NO ANTIGO TESTAMENTO


A Bíblia é um instrumento do plano de Deus no mundo e na história. É preciso que o povo de Deus sempre volte às Escrituras para reexaminar as bases da sua identidade e vocação, a fim de melhor realizá-las dentro do seu contexto específico e atual. Podemos verificar de forma mais detalhada e progressiva a ação de Deus, em tópicos que nos ajudarão também como ferramenta de informação à igreja.


UNIVERSALIDADE DO PLANO E DA MENSAGEM DE DEUS.


Desde os primeiros relatos bíblicos, podemos notar um ponto singular na ação de Deus, sua visão e atuação em sentido universal. Nesse aspecto destacamos : A Criação Deus criou o mundo e tudo o que nele há (Gen. 1). Assim como dEle é tudo o que no mundo há (Sl. 24.1).


Na criação, percebe-se que Ele propiciou o cenário para a ação de Seu plano missionário redentor : o mundo. A Formação do Homem Nesse espaço, além de formar o homem e a mulher de forma distinta, Deus também transferiu a eles um legado de Sua própria atuação, quando os comissionou a exercer o controle sobre as outras criaturas, além de ordenar-lhes que se multiplicassem e enchessem a terra, mostrando novamente o aspecto de pluralidade. Posteriormente, o homem passou a ser o alvo de Sua ação redentora.


Após a criação do mundo e a formação do homem, outro fato aconteceu, no qual podemos notar também o fator da universalidade da visão e ação de Deus.


Esse fato foi : A Queda Humana Ocasionou o distanciamento do plano e propósitos divinos. Temos nesse evento, o que se intitula o Proto 1 Evangelho: Gen. 3:14 a 19 abrangendo três aspectos :

- Pecado: Separação de Deus por parte do homem;

- Consequências: Para a natureza, para o homem e para a serpente;

- Promessa da Redenção: Um da linhagem da mulher para esse resgate.


Após a queda, houve a constância do homem em distanciar-se dos planos e propósitos Divinos, o que o levou a estágios de piora, nos quais se Deus não interferisse, com certeza, culminariam no caos total.


A seguir, veremos em alguns eventos da História, a mão de Deus direcionando e preservando o homem, dando seguimento à Sua promessa.


Pactos


Em seguida houve um período na história em que Deus, mais uma vez, possibilitou uma nova caminhada ao homem, estabelecendo com ele alguns pactos, havendo, dessa forma, parceria entre Deus e o homem, no tocante a escolha de Deus em possibilitar ao homem essa participação na Sua missão.


Deus em Sua justiça e santidade conduziu e manteve Seu plano de redenção e preservação humana. Ao homem compete a obediência e a fidelidade aos Seus preceitos.


- Pacto com Noé – Gn. 6:9, 14; 7:1; 9:8, 15

- Pacto com Abraão – Gn.12  Isaque: Gen. 26

- Pacto com Jacó – Gn 28.13-14

- Pacto com Moisés – Ex 3.6-21; Ex 24 O próximo tópico confirma a ação de Deus em Seu plano redentor.


A NACIONALIDADE E RELIGIOSIDADE DE ISRAEL


Verificamos outro fato novo. A ação de Deus foi de forma mais ampla, agora não só através da vocação de indivíduos, mas também, na formação de um povo, que seria Seu representante e a manifestação visível de Sua presença diante das nações.


Consequentemente esse povo seria proclamador da justiça e regeneração divina.


PERÍODOS : PATRIARCAL, MOSAICO, REIS E PROFÉTICOS.


Na formação de uma nação proclamadora às nações, revelando novamente o aspecto universal da missão de Deus, podemos notar um desenvolvimento caracterizado por períodos :


Patriarcal


Quando Deus chamou Abraão, o possibilitou a formar uma família, da qual constituiria Sua nação eleita. Assim, o vocacionou para ser abençoado e abençoar as nações, ou seja, as famílias da terra. (Gn 12.3).


- Tipologia do sacrifício de Jesus em Isaque - Gn 22;

- Fé de Abrão, não no previsível, mas no impossível – Gn 15.4; 18.10, 13 e .4; 1

- A preservação e condução de Deus até Jacó no Egito – Gn 28 a 50 e Ex 12.37;

- Extensão da missão aos descendentes - Gn 22.17 – 18.

- Decadência Espiritual – Gn. 6: 3-9.


Nesse período, Deus está sempre em relacionamento com o homem, bem como, agindo para o cumprimento de Seu propósito e de Suas promessas. Através desse relacionamento, também, fortaleceu a fé do agente vocacionado – Abraão.


Mosaico


Mais uma vez, vemos a vocação divina a um indivíduo para o cumprimento de Seu propósito e resgate da nação que estava se formando :


- Israel, promovendo outras ações em favor deles, como bênção:

- Provisão de um libertador, enviado em Seu nome; Ex 3.10

- Favorecimento da nação de Israel com experiências e livramentos especiais, característicos do relacionamento de Deus para com esse povo – Ex: 3.6-21.


O fator de escolha para eleger essa nação, implícito na missão :


O amor – Det. 7 – 9.


A eleição de um povo, o estabelecimento de uma comunicação com ele, o fortalecimento de seu caráter e a promoção de formação em nação sob Seus preceitos e propósitos, revelam o caráter de intimidade de Deus para com o homem. Também, no relacionamento mantido durante a peregrinação no deserto, perpetuando Sua ação, tanto na vida do povo, quanto através dele para proclamação de Sua Glória.


Reis


O período constituído pelos reinados na nação de Israel mostra-nos claramente a inclinação da maioria dos reis e do povo em não andar sob a prerrogativa divina e peculiaridade que Deus lhes proporcionara, enquanto povo escolhido Seu. Neste período a nação israelita insistia em equiparar-se a outros povos, demonstrando a incapacidade humana de viver na total dependência de Deus, e cumprir Seus desígnios em ser luz e justiça para as nações. Neste ponto, então, vemos que :


A vocação não era tão compreendida pelo povo de Israel, pelo menos em ser peculiar e no cumprimento do propósito divino;


O direcionamento de Deus constante ao povo, na maioria das vezes focando a inclinação de não serem tementes a Ele e infiéis aos Seus propósitos, apesar de ser a nação eleita;


A corrupção e favorecimento da desmoralização do povo entre si e diante de outros povos. Apesar disso, notamos a existência da devoção no povo e o temor na proclamação em forma de cultos, referindo-se a glorificação de Deus pelos povos e em toda a terra. Podemos verificar isso nos Salmos. Mesmo nesse cenário, percebemos a fidelidade de Deus na permanência de Seu relacionamento não desamparando o homem em seus próprios desejos e inclinações. Proféticos Ressaltamos nessa fase da história, a figura do profeta, “enviado de Deus” aos “enviados de Deus às nações” tanto para mostrar-lhes o quanto se distanciavam de Seu propósito, quanto para manifestar Seu juízo, também, para com os outros povos.


Mesmo assim, Deus continua estabelecendo Seu relacionamento e anunciando Seu propósito de redenção, agora, também, para com Israel, apesar de ser Seu escolhido como instrumento de proclamação. As mensagens desses períodos são variadas e diferenciadas em suas características :


- Jonas e Amós : A proclamação da mensagem para outros povos, pois são iguais diante de Deus e serão julgados da mesma forma - Jim. 4.11; AM. 9. 7,11,12


- Miquéias, Isaias, Sofonias : Confrontação da situação de Israel em relação à sua vocação missionária: Ser luz entre as nações - Mq. 1.2; Is 49.6, 26; Is 55.4,5; Sf. 3.20


- Jeremias e Habacuque : São profetas às nações mostrando-lhes o conhecimento de Deus e que o justo viverá pela fé, sendo a terra coberta do conhecimento de Deus – Jr. 1: 5 , 31:10 ; Hb. 2:4


- Daniel, Ezequiel, Obadias : Durante o exílio do povo de Israel, Deus manifesta que Seu reino seria implantado na terra. Para testemunho de todos os povos, para remissão e restauração de Israel. Deus fará Sua voz ouvida entre todas as nações Dn. 2.44; Ez. 36.22,23; Ob 1.15


- Ageu, Zacarias, Malaquias, Joel : Deus demonstra seu plano redentor para toda a humanidade, com a promessa de derramamento do Espírito e a manifestação do poder e da presença constante de Deus vivificando a fé sobre toda a carne, humanidade, nações, povos, etnias - Ag 2. 5-7; Zc. 8. 22, 23; Ml 1.1; Jl. 2. 27, 28.


Após esse período no decorrer da história consta um período de silêncio das manifestações proféticas, chamado de período Inter bíblico, porém, Deus ainda continuou operando para a concretização da vinda do Messias, O enviado de Deus, sendo o próprio Deus para o cumprimento de Sua missão, pois na plenitude dos tempos Jesus, O Messias, O Redentor veio a este mundo. Este novo período de revelação da parte de Deus está registrado no Novo Testamento, onde podemos verificar a continuidade da realização da missão de Deus.

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