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LIDERANÇA - Preocupações Iniciais Do Líder Cristão - Armadilhas - Qualificações - Hábitos - Papéis



Para exercer uma boa liderança o obreiro deve pensar e preparar o terreno para que seu empreendimento se frutifique. Alguns conselhos são válidos nessa hora para que o líder não se... envolva nos negócios dessa vida, porque seu objetivo é satisfazer aquele que o arregimentou¨ Não se deve entender, obviamente, que os negócios dessa vida são nossas obrigações como cidadão, então podemos aplicar esse versículo ao embaraço que certas armadilhas nos causam. As diversas provações podem vir de quatro fontes diferentes, e identificar a origem delas é de suma importância para a resolução e posterior prevenção dos problemas. São estas as fontes:


O Próprio Senhor


Como no caso de Abrão (Gn 22.1-19), a nação de Israel (Hc), a Igreja (1 Pe 4.12-19) e tantos outros exemplos, o próprio Deus criou situações para que seu servo fosse provado e a partir daí aprovado por ele. Nesse caso o que temos que fazer é exercitar nossa fé e confiar que aquele que criou tal situação tem um propósito bom para nós através da provação.


O Diabo


Em qualquer ocasião o diabo vai tentar manifestar o que lhe é mais característico – o ódio contra a criação de Deus. Caso percebamos a ação maligna, devemos recorrer ao conselho de Paulo aos efésios: “... revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes ficar firmes contra as ciladas do diabo”; sabendo, porém que a ação do inimigo só pode chegar até onde o Senhor permitir (Jó 1. 6-12; 2.1-13).


O Homem


É um caso semelhante ao do diabo, onde as pessoas podem manifestar seu egoísmo, cobiça e maledicência, coisas típicas do coração humano (Mt 15.10-20). Também nesse caso os limites da ação do homem são determinados pelo Senhor


A Carne


Existe também uma luta contra nós mesmos, ou seja, contra a natureza carnal que ainda habita em nós e milita contra o espírito regenerado que Deus nos deu (Gl 5.16-17). Neste caso nos cabe dominar nossas paixões e submeter nossa vontade carnal ao propósito do Espírito que habita em nós.


As Armadilhas


Cientes dessas armadilhas que podem ser colocadas em nosso caminho, às vezes com bons e às vezes com maus propósitos, devemos de antemão pensar em certas coisas, como por exemplo :


Pensar Antes Nos Problemas


Não devemos esperar uma situação de perigo, tentação, falta de provisões, confusão, perseguição, traição e coisas do gênero, para pensarmos numa solução. O correto é que meditemos constantemente como sair de uma possível situação (Sl 119.15,27,48,78,99,148). Se estivermos preparados com antecedência, saberem o como agir. Se formos apanhados de surpresa podemos fraquejar (Mt 26. 41).


Planejar


Algumas pessoas acreditam que não devem planejar nada para o futuro por causa de interpretações errôneas de alguns versículos como T g 4.13-14, porém o que a Bíblia condena é a presunção de contar com a própria força para traçar seus caminhos sem considerar o propósito de Deus; ao contrário disso o Senhor Jesus nos exorta a planejar nossos passos (Lc 14.28-32), pois assim poderemos compreender melhor a vontade do Senhor; como pôr em prática essa vontade, e ter fé quando as provações chegarem.


Não Criar Situações De Embaraço


O mundo dá muitas voltas. A mentira tem perna curta e Jesus prometeu que, para nosso próprio bem, não deixaria as coisas encobertas, mesmo que sejamos envergonhados por isso. Portanto devemos evitar situações que mais tarde tenhamos vergonha de explicar, seja na vida amorosa, familiar, financeira ou social.


Cuidado Com Os Outros


Devemos procurar conhecer bem os liderados. Não dar liberdade tal que mais tarde não se possa verificar ou cobrar. Ficar de olho nas “panelas” e seus propósitos. Evitar que se faça injustiça entre os irmãos, para que os conflitos não se multipliquem, enfim, devemos confiar naqueles que podem nos ajudar, mas não dar oportunidade para que alguém se deixe levar pelos perigos descritos nos itens anteriores (diabo e a carne).


Requisitos Para Ser Um Bom Líder


Requisitos Bíblicos


Em princípio devemos procurar na Bíblia os quesitos básicos para se escolher um bom líder. Para isso podemos recorrer primeiramente às chamadas epístolas pastorais, que são as que foram escritas pelo apóstolo Paulo a Timóteo e a Tito, seus colaboradores. São estes os principais :


Qualificações Sociais


Modesto; hospitaleiro; ter bom testemunho.


Qualificações Morais


Ser irrepreensível; esposo de uma só mulher; temperante; não dado ao vinho.


Qualificações Pessoais


Hospitaleiro; não cobiçoso; apto a ensinar; não vio lento; cordial; não avarento; não arrogante.


Qualificações De Maturidade


Bom pai e marido; não pode ser novo convertido; sóbrio apto a ensinar e a exortar.


Hábitos Dos Líderes


Entende-se por hábitos, o comportamento constante dos líderes, e que digam respeito ao seu envolvimento na obra. Alguns hábitos são positivo se outros são negativos como veremos.


Estudar Sempre


Conforme 2 Tm 2.15 o obreiro tem que “... manejar bem a palavra da verdade”. O próprio Paulo em final de carreira solicitou a Timóteo que levasse “... a capa... os livros, e especialmente os pergaminhos”.


Orar


É através da oração que conhecemos a vontade de Deus, os seus propósitos e as coisas que são ocultas aos olhos humanos.


Atualizar


O obreiro deve estar por dentro das notícias mais importantes sobre a situação econômica e política do seu país, além de conhecer questões sobre direito, psicologia, filosofia, sociologia etc.


Aproveitar As Oportunidades


O bom obreiro sabe tirar proveito das diversas oportunidades que aparecem. É otimista. Tem visão. Consegue ver a bênção onde ninguém mais vê. Sabe aproveitar o tempo e consegue produzir mais, com menos esforço.


Veste-Se Bem


Ou seja, está sempre de acordo com a situação. Não gasta mais do que deve, mas esta sempre ajustado ao ambiente em que se encontra.


Não Delega Poder


Talvez por medo de perder a autoridade, ou por não confiar nos liderados ou talvez por não saber como fazer.


Não Credenciamento Junto À Igreja


Muitos obreiros procuram desenvolver seu ministérios sem estar vinculado a qualquer igreja, mas isto não é certo, pois o obreiro não realiza trabalho para si, mas para os irmãos que estão sob o pastorado das igrejas. Essa prática descaracteriza o obreiro além de contrariar o exemplo bíblico.


Julgamento Temerário


Alguns líderes não sabem se colocar na pele de seus liderados e emitem julgamentos que não levam em consideração o ser humano, suas necessidades, suas fraquezas e o cuidado de Deus para com suas ovelhas.


Preparar Mensagens Na Última Hora


O obreiro tem que estar em constante sintonia com o Espírito Santo, pois aquele que tem uma mensagem a dar ao povo o fará da melhor maneira possível respeitando as limitações do líder, e preparar as mensagens com antecedência é uma boa maneira de superar estas limitações.


Os Papéis De Cada Um Dentro De Um Grupo


A psicologia tem estudado o comportamento das pessoas quando se encontram dentro de algum grupo, e muitas descobertas têm sido feitas e que podem ajudar o líder na hora de conhecer seus liderados. A ideia é que, dentro de um grupo cada um assume um papel diferente, de maneira inconsciente, e estes papéis são importantes para a dinâmica de um grupo. Sem estes papéis não há grupo, e várias pessoas podem assumir os mesmos papéis, porém a maioria deles estará presente. Alguns exemplos desses papéis são:


Bode Expiatório


Neste caso, toda a “maldade” do grupo fica deposita da em um indivíduo que, se tiver uma tendência prévia, servirá como depositário, até vir a ser expulso, o que, aliás, é comum. Nesses casos. O grupo sairá em busca de um novo bode... Decorre daí a enorme importância de que o líder do grupo reconheça e saiba manejar tais situações. Outras vezes, o grupo modela um bode expiatório sob a forma de um “bobo da corte” que diverte a todos e que, por isso mesmo, ao contrário de uma expulsão, o grupo faz questão de conservá-lo.


Porta-Voz


Cabe ao portador deste papel mostrar ao restante do grupo aquilo que pode estar, de uma maneira oculta, pensando ou sentindo. No entanto, essa comunicação do porta voz não é feita somente através de reclamações ou conflitos, mas através da linguagem não-verbal, das dramatizações, silêncios, ações, etc.


Uma forma muito comum de porta-voz é a função do indivíduo contestador. Nesses casos, é imprescindível que o líder do grupo (da mesma forma que os pais, numa família) saiba discriminar quando a contestação é, sistematicamente, de ordem obstrutiva ou quando ela representa ser necessária, corajosa e construtiva.


Este Papel Cabe Geralmente Ao Indivíduo Mais Retraído Do Grupo


Neste caso, esse indivíduo, antes que os demais, capta os primeiros sinais das ansiedades que, ainda em estado embrionário, estão emergindo no grupo. Esse papel também é conhecido como "caixa de ressonância", em razão de que tal indivíduo-radar, por não ter condições de poder processar simbolicamente o que captou, pode vir a expressar essas ansiedades em sua própria pessoa através de somatizações, ou abandono do grupo, ou de crises explosivas, etc.


Instigador


Este papel é muito comum e importante nos grupos. Consiste na função do indivíduo em provocar uma perturbação no campo grupal, através de um jogo de intrigas, por exemplo, assim mobilizando papéis nos outros. Assim, o instigador consegue tornar realidade, seus conflitos interiores, além de instigar os outros membros do grupo a pôr para fora seus conflitos interiores.


Atuador Pelos Demais


É uma modalidade de papel que consiste no fato de a totalidade do grupo delegar a um determinado indivíduo a função de executar aquilo que lhe é proibido, como, por exemplo, hábitos extravagantes, conflitos com o líder ou coordenador, etc. Em tais casos, o restante do grupo costuma emitir dupla mensagem: critica as atitudes desse membro e, ao mesmo tempo dão um disfarçado estímulo, mostram um gozo prazeroso e uma admiração por este membro, pois no fundo ele faz o que os outros gostariam de estar fazendo.


Sabotador


Conforme este nome indica, o indivíduo que desempenha o papel de sabotador, através de inúmeros recursos, procura colocar empecilhos para minar o êxito da tarefa grupal. Em geral o papel é assumido pelo indivíduo que seja portador de uma excessiva inveja e egoísmo, geralmente gosta muito de aparecer, não aceita ser subordinado e gosta de ser exaltado.


Vestal


Também nos pequenos grupos (uma igreja, por exemplo) é muito comum que alguém assuma o papel de zelar pela manutenção da “moral e dos bons costumes”. Um exagero nesse papel constitui a tão conhecida figura do “patrulheiro ideológico” que obstrui qualquer movimento no sentido de uma criatividade inovadora. Há um sério risco - nada incomum - de que o papel venha a ser assumido pelo próprio líder do grupo.


Líder


O papel de líder surge em dois planos. Um é o que, naturalmente, foi designado ao líder ou obreiro. O outro é o que surge, espontaneamente, entre os membros do grupo. Neste caso, a liderança adquire cores muito diferenciadas, desde os líderes construtivos que exercem o importante papel de integradores e que ajudam na unidade do grupo, até os líderes negativos, nos quais prevalece uma excessiva necessidade de mandar e controlar as pessoas.

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