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HOMILÉTICA- TÓPICOS OU DIVISÕES PRINCIPAIS, CLASSIFICAÇÕES, SERMÃO TEMÁTICO, ESBOÇO NEG. E SUBTÓPICO



As Divisões são: o corpo do sermão. São as verdades espirituais divididas em partes sequenciais, distintas, mas interligadas à verdade principal que é a proposição.


CARACTERÍSTICAS DAS DIVISÕES PRINCIPAIS


1. Devem ter unidade de pensamento.

2. Elas ajudam o pregador a lembrar-se dos pontos principais do sermão.

3. Elas ajudam os ouvintes a recordarem-se dos aspectos principais do sermão.

4. Elas devem ser distintas umas das outras.


5. Elas devem originar-se da proposição e desenvolvê-la progressivamente até o clímax do sermão.


6. Elas devem ser uniformes e simétricas.

7. Cada divisão deve Ter apenas uma ideia ou ensino

8. O número das divisões deve, sempre que puder, ser o menor possível.


TÍTULO : O DISCIPULADO E SUAS NECESSIDADES (Cl 1:28)


I) Necessidade do Amor (SUBTÍTULO)

II) Necessidade da alimentação (SUBTÍTULO)

III) Necessidade de maturidade (SUBTÍTULO)


TÍTULO: VESTIDURAS DIFERENTES (Sf 1:8)


I) Caracterizada por uma fé diferente (SUBTÍTULO)

II) Caracterizada por um viver diferente (SUBTÍTULO)

III) Caracterizada por uma esperança diferente (SUB TÍTULO)


QUANTO AS ILUSTRAÇÕES


Já comentamos anteriormente que podemos extrair ilustrações da História, ciência, experiências pessoais, etc. Entretanto, o pregador não deve transformar-se num mero contador de histórias. As ilustrações não devem, de maneira nenhuma, por mais interessantes que sejam, substituir a Palavra de Deus. Não se deve, em hipótese nenhuma, ocupar o tempo todo da mensagem com ilustrações. Sabemos que são importantes e necessárias, mas o que o público precisa ouvir é a Palavra de Deus. Se o pregador vai dividir o seu sermão em três tópicos, e costuma usar uma média de meia hora para a sua pregação, possivelmente uma ilustração rápida para cada tópico será o suficiente. Isto não quer dizer que todo pregador seja obrigado a contar três ilustrações quando for pregar um sermão de três tópicos. Muitas das vezes o pregador poderá usar somente uma ou duas ilustrações. Existe também o aspecto de se começar a mensagem com uma ilustração, que deverá enfatizar bem o tema, e durante todo o sermão, em dado momento o pregador volta a mesma ilustração, contando-a por partes, dando a sua conclusão exatamente no momento do fechamento da mensagem. Este aspecto de se contar somente uma ilustração por partes, ao longo do sermão, exige uma maior arte e técnica por parte do pregador, mas com a prática, o pregado adquire a habilidade necessária para isso.


Outro fator importante é não ficar “enchendo linguiça” na ora de contar as ilustrações. As ilustrações, em geral, devem ser contadas em poucas palavras, rapidamente, porque causa um maior efeito assim.


CONCLUSÃO


Começar e terminar bem um sermão é dever de todos aqueles que são chamados para anunciar as boas novas salvação. A conclusão é tecnicamente um apelo ao tema. O pregador começa um sermão com um tema, e tem que terminar em cima do mesmo assunto, ou tema. A conclusão é exatamente aonde o pregador quis chegar com o tema. O pregador tem que levar o público a tomar uma posição ao final da mensagem, e este apelo é feito dentro do assunto ou tema, o qual transcorreu a pregação. Um sermão bem estruturado tem começo, meio e fim, obedecendo a uma lógica durante todo o tempo


A conclusão é o clímax do sermão. Na conclusão o p regador deve chegar ao seu alvo que é atingir seus ouvintes e persuadi-los a praticarem e aplicarem em suas vidas a mensagem que ouviram. É a sessão do sermão onde tudo o que f oi dito anteriormente é reafirmado com mais intensidade e vigor, a fim de produzir maior impacto nos ouvintes.


CARACTERÍSTICAS DA CONCLUSÃO


1. A conclusão não é apenas um anexo da mensagem, é parte dela.


2. Na conclusão não devem ser apresentadas novas ideias, mas apenas ser enfatizado as já expostas anteriormente.


3. A conclusão é a parte mais poderosa do sermão, porque une todas as verdades ensinadas em uma verdade única.


4. A conclusão deve ser breve.

5. A conclusão pode ser uma recapitulação das ideia s expostas nas divisões principais.

6. A conclusão pode ser uma ilustração.

7. A conclusão poder ser a aplicação da mensagem aos aspectos práticos da vida.

8. A conclusão pode ser um apelo.


CLASSIFICAÇÃO DOS SERMÕES


Existem Quatro Tipos Básicos De Sermões Que Podem Ser Classificados Em :


a) Sermão Temático

b) Sermão Textual

c) Sermão Expositivo

d) Sermão Biográfico


O Sermão É Diferente Da Homilia Ou Da Preleção Exegética.


A homilia é a exposição sequencial da passagem, versículo por versículo, apresentando-se apenas a ideia exegética que cada versículo contém. É um comentário sobre uma passagem bíblica, curta ou longa, explicada e aplicada versículo por versículo, ou frase por frase. A homilia não possui estrutura homilética.


A preleção exegética é um comentário detalhado de um texto, com ou sem ordem lógica ou aplicação prática. A exegese interpreta o significado oculto da passagem, mas a exposição apresenta ao público esse significado.


SERMÃO TEMÁTICO


É aquele cujas divisões principais derivam do tema, e não diretamente do texto bíblico. Isso não quer dizer que o tema não seja bíblico, mas sim que o sermão gira em torno do tema e não de uma passagem específica. Porém para que o sermão temático seja bíblico, o tema deve ser extraído da Bíblia. Um tema, por exemplo, poderia ser a fé evangélica. O sermão, então não se basearia em apenas um texto bíblico, mas em diversos versículos da Bíblia, pois a palavra fé se prolifera por toda a Escritura. O sermão baseado neste tema poderia expor a fé dos patriarcas, a fé dos mártires, a fé dos apóstolos, e assim por diante.


TÍTULO : O JOVEM NOS DIAS DE HOJE (EcI 12:1)


I) É influenciado pela tecnologia moderna

II) É influenciado pelas filosofias modernas

III) É influenciado pela religiosidade moderna


TÍTULO : AS RESPONSABILIDADES DO CRISTÃO (II Tm 3:14 )


I) A responsabilidade com a Palavra

II) A responsabilidade com a Igreja

III) A responsabilidade com o testemunho


TÍTULO : FAZER DISCÍPULOS (Mt 28:19)


I) Envolve desejo para buscar o perdido

II) Envolve preparo para buscar o perdido

III) Envolve tempo para buscar o perdido


Muitas mensagens criativas e empolgantes partem de um sermão temático, pois há uma infinidade de temas que poderão ser criados para a mensagem cristã. O sermão temático nos dá a possibilidade de termos sempre “algo novo” para pregar. Existe, no entanto, o perigo das “divagações”, pois o assunto a ser pregado, já que deriva do tema e não do texto bíblico, é possível que o pregador deixe de lado as citações d a Bíblia. O pregador que se propõe a pregar um sermão temático, deve atentar para o detalhe mais importante que é citar a Palavra de Deus parar torna o assunto, um sermão bíblico.


O sermão temático também pode ter o seu tema extraído das palavras do próprio versículo bíblico, porém, a exposição do assunto não será uma análise da passagem bíblica, e sim, a discussão irá girar em torno do tema. Exemplo:


TÍTULO: A NOSSA CONSOLAÇÃO TRANSBORDA POR MEIO DE C RISTO (II Co 1:5)


I) Por isso a razão de nossa alegria

II) Por isso a razão de nossa esperança

III) Por isso a razão de nossa vitória


TÍTULO: O VOSSO TEMPO ESTÁ SEMPRE PRESENTE (Jo 7:6)


I) Com relação à igreja: tempo de semear

II) Com relação ao crente afastado: tempo de reconciliação

III) Com relação ao descrente: tempo de decisão


EXEMPLO DE UM ESBOÇO NEGATIVO


TÍTULO: JESUS VIRÁ DO MESMO MODO COMO SUBIU (At 1:1 1)


I) Jesus virá para condenar o mundo

II) O mundo será condenado no último dia

III) Muitos ficarão sem salvação

IV) A prostituta não foi condenada


CONSIDERAÇÕES SOBRE O ESBOÇO NEGATIVO :


a)O tema está ótimo.

b) O primeiro tópico está correto, pois está bem relacionado com o tema.


c) O segundo tópico não foi bem estruturado, pois é quase idêntico ao primeiro, e o pregador irá repetir muita coisa já dita antes, no primeiro tópico.


d) Neste terceiro tópico o sermão começará a ficar cansativo, pois será a reprise daquilo que já foi dito nos outros dois anteriores.


c) A quarta e última divisão apresenta um tópico que é mais uma ilustração do que propriamente uma divisão.


Dentro do tema citado para este esboço negativo ou errado, poderíamos criar um excelente sermão com os seguintes tópicos corretamente construídos:


TÍTULO: JESUS VIRÁ DO MODO COMO SUBIU (At 1:11)


I) Virá para condenar o mundo

II) Virá para conceder galardão aos Seus servos

III) Virá para implantar o Seu Reino sobre as nações


O sermão temático é o mais simples e o mais apropriado para inserirmos nele nossa cultura geral sobre a História, Ciência, Filosofia e experiências vividas por nós mesmos ou por terceiros. Uma coisa muito significativa é citarmos sempre as fontes de onde extraímos tais experiências para não deixarmos dúvidas sobre a veracidade dos fatos narrados em nossas pregações. Exemplo:


TÍTULO: CORAGEM PARA TESTEMUNHAR (At 23:11)


I) A luta é santa

II) A luta é árdua

III) A luta compensa


Num esboço como este citado acima, existe a possibilidade de mil e uma ilustrações, principalmente quando entrarmos na discussão do segundo tópico e tentarmos comprovar o porquê da luta ser árdua, citando as experiências vividas no combate ao pecado e a incredulidade. Imaginemos quantas experiências acontecem nas lutas nos campos missionários, que são realmente árduas. Também, ao entrarmos na discussão do terceiro tópico, poderão ser contadas muitas experiências de vitórias sobre o mundo e o pecado, cujos testemunhos demonstram ao público o porquê a luta cristã compensa, valendo a pena ter assim, coragem para testemunhar. As grandes vantagens deste tipo de sermão estão na facilidade da construção do esboço e no aspecto interessante das ilustrações. Porém, cada ilustração deverá provir de fontes verídicas.


SUBDIVISÕES OU SUB-TÓPICOS


Quando você constrói o esboço de um sermão temático, geralmente você divide o tema em tópicos, no entanto, estes tópicos poderão ter sub-tópicos ou subdivisões. Exemplo:


I) COM RELAÇÃO AO MUNDO (SUBTÍTULO)


a) Ele conquista terras (SUBDIVISÃO)

b) Ele cria invenções (SUBDIVISÃO)

c) Ele cria sistemas (SUBDIVISÃO)


LI) COM RELAÇÃO AO PECADO (SUBTÍTULO)


a) Ele é advertido contra o pecado (SUBDIVISÃO)

b) Ele é subjugado pelo pecado (SUBDIVISÃO)

c) Ele é condenado pelo pecado (SUBDIVISÃO)


III) COM RELAÇÃO AO EVANGELHO (SUBTÍTULO)


a) Ele deve dominar o conhecimento da Palavra de Deus (SUBDIVISÃO)

b) Ele deve crer nas promessas da Palavra de Deus (SUBDIVISÃO)

c) Ele deve obedecer a Palavra de Deus (SUBDIVISÃO)


Podemos reparar então que os tópicos são as divisões com relação ao tema e os sub-tópicos são as divisões com relação aos tópicos. Dividimos então o tema em tópicos, e dividimos os tópicos em sub-tópicos.


As subdivisões não precisam ser necessariamente em número igual para todos os tópicos. É possível que um primeiro tópico tenha três subdivisões e os demais tenham apenas duas ou até mesmo, mais subdivisões e vice-versa.


Para o estudo bíblico, o sermão com tópicos e sub-tópicos se toma excelente para uma exposição completa do assunto. Durante um estudo bíblico, dentro do aspecto de um sermão com alguns tópicos e sub-tópicos, o uso de um quadro ou um retroprojetor, seria um fator de grande importância para que o público acompanhe as aplicações das divisões e subdivisões do sermão. Naturalmente é possível que os números de subdivisões não sejam os mesmos para cada tópico.


TÍTULO: ORAI SEM CESSAR (1 Ts 5:1 7)


I) O SIGNIFICADO DA ORAÇÃO :


a) É dependência do homem para com Deus

b) É sintonia entre o homem e Deus

c) É adoração do Homem a Deus


II) OS MOTIVOS DA ORAÇÃO :


a) A oração por si mesmo

b) A oração pelas necessidades espirituais da Igreja

c) A oração pelos enfermos

d) A oração pelos incrédulos


III) AS POSSIBILIDADES DAS ORAÇÕES :


a) É possível em qualquer lugar

b) É possível a qualquer hora

c) É possível a qualquer pessoa


I) EVIDENCIADO NAS PROMESSAS MATERIAIS


a) Promessa de cura (Jr 33:6; Jr 30:17; Is 53:4);

b) Promessa de sustento (Is 41:10; Is 41:13);

c) Promessa de prosperidade (Is 58:11; Js 1:8)


LI) EVIDENCIADO NAS PROMESSAS ESPIRITUAIS


a) Promessa de ajuda angelical (Hb 1:13,14; SI 34:7);

b) Promessa de libertação (Mc 16:17; Jo 8:32);

c) Promessa de sinais (JI 2:28);

d) Promessa de derramamento do Espírito (JI 2:29);

e)Promessa de paz (Is 32:18; Jo 14:27);

f) Promessa de salvação (Jo 3:16,17).

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