TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO - INTRODUÇÃO
- MINISTÉRIO RESGATE
- 12 de mar. de 2020
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Atualizado: 21 de mar. de 2020

INTRODUÇÃO
O Novo Testamento forma a Parte II da Bíblia. Ele é uma coleção de vinte e sete livros, mas tem somente um terço do volume da Parte 1, o Antigo Testamento. O Antigo Testamento cobre um período de milhares de anos de história, juntamente com o Novo Testamento.
"Novo Testamento" quer dizer, de fato, "Nova Aliança" em contraste com a antiga aliança. O vocábulo "testamento" transmite-nos a idéia de uma última vontade, e só passa a ter efeito na eventualidade da morte do testador. Assim a Nova Aliança entrou em vigor em face da morte de Jesus (Hebreus 9:15-17).
Escrito originalmente em grego, entre 45-95 D.C.. Os livros do Novo Testamento não estão arranjados na ordem cronológica em que foram escritos. As primeiras epístolas de Paulo foram os primeiros livros do Novo Testamento a serem escritos, e não os evangelhos.
E mesmo o arranjo das epístolas paulinas não segue a sua ordem cronológica, porquanto Gálatas (ou talvez 1 Tessalonicenses) foi a epístola escrita bem antes daquela dirigida aos Romanos, a qual figura em primeiro lugar em nossas Bíblias pelo fato de ser a mais longa das epístolas de Paulo; e entre os evangelhos, o de Marcos, não o de Mateus, parece ter sido aquele que primeiro foi escrito.
A ordem em que esses livros aparecem, por conseqüência, é uma ordem lógica. Os evangelhos estão postos em primeiro lugar porque descrevem os eventos cruciais de Jesus. Entre os evangelhos, o de Mateus vem apropriadamente antes de todos devido à sua extensão e ao seu intimo relacionamento com o Antigo Testamento, que o precede imediatamente. No livro de Atos dos Apóstolos, uma envolvente narrativa do bem sucedido surgimento e expansão da Igreja na Palestina e daí por toda a Síria, Ásia Menor, Macedônia, Grécia e até lugares distantes como Roma, na Itália.
O livro de Atos é a segunda divisão de uma obra em dois volumes (Lucas - Atos). Bastam-nos essas idéias quanto aos livros históricos do Novo Testamento.
As epístolas e, finalmente, o livro de Apocalipse, explanam a significação teológica da história da redenção, além de extraírem dai certas implicações éticas. Entre as epístolas, as de Paulo ocupam o primeiro lugar e entre elas, a ordem em que foram arranjadas segue primariamente a idéia da extensão decrescente, levando-se em conta a grande exceção formada pelas Epístolas Pastorais (I e II Timóteo e Tito), as quais antecedem a Filemom, a mais breve das epístolas paulinas que chegaram até nós.
A mais longa das epístolas não-paulinas, aos Hebreus (cujo autor nos é desconhecido), aparece em seguida, depois da qual vêm as epístolas Católicas ou Gerais, escritas por Tiago, Pedro, Judas e João.
E por fim, temos o livro que lança os olhos para o futuro retorno de Cristo, o Apocalipse, livro esse que leva o Novo Testamento a um climax.
Dentro do estudo do Novo testamento estaremos observando as principais Doutrinas e Teologia.
CONCEITO GERAL
DEFINIÇÃO
Teologia é a ciência que trata do nosso conhecimento de Deus, e das coisas divinas. A teologia abrange vários ramos, vejamos :
Teologia Exegética - Exegética vem da palavra grega que significa extrair. Esta teologia procura descobrir o verdadeiro significado das Escrituras.
Teologia Histórica - Envolve o Estudo da História da Igreja e o desenvolvimento da interpretação doutrinária.
Teologia Dogmática - É o estudo das verdades fundamentais da fé como se nos apresentam nos credos da igreja.
Teologia Bíblica - Traça o progresso da verdade através dos diversos livros da Bíblia e descreve a maneira de cada escritor em apresentar as doutrinas mais importantes.
Teologia Sistemática - Neste ramo de estudo os ensinamentos a respeito de Deus e aos homens são agrupados em tópicos.
OS QUATRO EVANGELHOS
Vamos dirigir agora a nossa atenção aos quatro evangelhos. Uma coleção de registros muito especial quando os examinamos coletivamente. Para começar, nos encontramos perguntando: Por que há quatro evangelhos, especialmente quando os três primeiro parecem abranger quase o mesmo assunto? Um só não seria melhor ?
Como estamos tratando de escritos divinamente inspirados, a resposta final, naturalmente, é que há quatro porque Deus assim quis : mas podemos acrescentar que existem razões claras para Deus Ter feito isso.
Existem quatro evangelhos em lugar de um, de modo a apresentar-nos um retrato de Cristo. Os quatro Evangelhos têm cada um uma individualidade que não pode ser anulada.
A unidade do tema, somada à sua diversidade é que os torna tão interessantes à mente e tão satisfatório ao coração.
Também podemos explicar a necessidade dos quatro evangelhos facilmente pelo fato de ter havido, nos tempos apostólicos, quatro classes representativas do povo : Judeus, Romanos, Gregos e a Igreja.
Cada um dos evangelistas escreveu para uma dessas classes, adaptando-se ao seu caráter, às suas necessidades e ideais.

MATEUS
Sabendo que os Judeus esperavam pela vinda do Messias, prometido no Velho Testamento, apresenta Jesus como o Messias o filho de Deus.
O leão era o símbolo da tribo de Judá, a tribo real. Em Mateus nosso Senhor é singularmente "o Leão da Tribo de Judá "
Mateus 3: 17 "e eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo."
Em Mateus, o evangelho do Rei, vê-se nos primeiros capítulos o Rei dos Judeus e por Fim o Rei soberano nos céus e na terra, enviado para exigir sua sujeição e homenagem.
MARCOS
Escreveu aos Romanos, um povo cujo ideal era o poder e o serviço, assim Marcos descreveu Cristo o Servo fiel.
O boi é o emblema do trabalho servil. Ele representava entre os antigos do oriente, o trabalho paciente e produtivo. A ênfase do livro se encontra num Cristo ativo, um Servo forte, mas humilde.
Em Marcos, o evangelho do grande Servo de Deus enfatiza os atos de Cristo, não as Suas palavras, Marcos conta a vida incansável do Servo de Jeová.
LUCAS
Escreveu a um povo culto, os Gregos, cujo objetivo era atingir a perfeição e assim chegar a ser deus, assim Lucas apresenta Cristo como o Filho do homem, perfeito em tudo e que chegou a ser Deus.
O homem é símbolo de inteligência, razão, emoção, vontade, conhecimento, amor.
Lucas 5: 24 "Ora, para que saibais que o Filho do homem tem sobre a terra autoridade para perdoar pecados (disse ao paralítico), a ti te digo: Levanta-te, toma o teu leito e vai para tua casa."
Em Lucas, o evangelho do Filho do homem, mostra-se o coração de Jesus em uma série de manifestações de Sua compaixão, ternura e amor.
JOÃO
João ao escrever tinha em mente a Igreja, pois já fazia muitos anos que Cristo tinha sido crucificado e as verdades do Evangelho estavam sendo esquecidas, por isso João, vendo as necessidades dos cristãos de todas as nações apresenta as verdades mais profundas do Evangelho.
João 4: 42 "e diziam à mulher: Já não é pela tua palavra que nós cremos; pois agora nós mesmos temos ouvido e sabemos que este é verdadeiramente o Salvador do mundo."
Em João, o evangelho do Filho de Deus, vê-se como Jesus assemelha-se à natureza da águia que voa e nos leva às alturas da Sua divindade eterna. É o livro que nos revela o mistério de Ele ser com o Pai.
PARALELO SIGNIFICATIVO
Ezequiel 1: 10 "E a forma dos seus rostos era como o rosto de homem; e à mão direita todos os quatro tinham o rosto de leão, e à mão esquerda todos os quatro tinham o rosto de boi; e também tinham todos os quatro o rosto de águia;"
O Leão simboliza a soberania a força suprema, o homem a mais alta inteligência, o boi o serviço, a águia o celestial o divino.
Os quatro aspectos são necessários para transmitir toda a verdade. Como soberano Ele vem para reinar e governar. Como servo vem para servir e sofrer. Como Filho do Homem vem para participar e consolar. Como Filho de Deus vem para revelar e remir.
Maravilhosa fusão - soberania e humanidade; humildade e divindade.
OS SINÓTICOS E JOÃO
Sinótico:
Que tem forma de sinopse; resumido. Os evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas cobrem quase o mesmo terreno, apresentando apenas narrações dos fatos enquanto o registro de João, além de ter sido escrito mais tarde do que os demais, trata em sua maior parte da matéria não mencionada por eles.
O evangelho de João é obra de um teólogo, que apresenta Jesus como o Cristo, o Filho de Deus.
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