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CULTO E MÚSICA - A MÚSICA NA DISPENSAÇÃO DA LEI E DA GRAÇA



O trono de Deus é estabelecido em louvores e por isso a música existe desde o princípio e permanecerá para sempre, pois o nosso Deus será eternamente louvado (Jó 38:4-7 e SI 115:18). A música é eterna.


A música é um instrumento de louvor a Deus, um meio de expressão e acima de tudo uma força dinamizadora de poder, energia e vitalidade, capaz de exercer grandes influências não só nos seres humanos como também nos animais e nas plantas. Schimichi Zuzuki, musicólogo contemporâneo japonês, ao escrever um método de aprendizagem musical para crianças disse: “Meu propósito principal, não é o ensino da música. O que aspiro é formar bons cidadãos. Se uma criança escuta boa música, desde que nasce e aprende a executar um instrumento, adquirirá sensibilidade, disciplina, retidão e nelas e formará um lindo coração”.


O nosso propósito nesta lição é mostrar o que a Bíblia nos ensina sobre a música e as suas funções na religião do povo de Deus.


O SIGNIFICADO DA MÚSICA PARA OS JUDEUS


A Bíblia nos informa que a música sempre esteve presente na vida da nação judaica, como seu melhor meio de expressão. Daí a razão dos maiores e ventos da história de Israel acharem-se registrados em cânticos (p. ex. Êx 15:1-21 e SI 126 ). “A história dos Judeus contém inúmeros acontecimentos em que a música desempenha relevante papel, desde as muralhas de Jericó que caíram ao toque das trombetas, até o cuidado dispensando à música do grande templo de Jerusalém. Esse povo, que mostrava inclinação para a escultura e pintura e a quem era proibido representar a Deus por imagens, concentrou toda a sua força criadora na poesia e na música que serviam por excelência à religião” (Kurt Pahlan).


Foi no reinado de Davi que a música teve o seu maior desenvolvimento e, elevada ao nível de ministério, tornou-se exclusiva da religião. Davi sendo rei, músico e poeta, criou técnicas para fabricação de instrumentos, desenvolveu a arte do c anto, com formas ainda usadas nas igrejas e instituições musicais em todo mundo e estruturou o ministério da música a serviço da religião, até hoje não superado.


COMO O MINISTÉRIO DA MÚSICA FOI ESTRUTURADO NA DISPENSAÇÃO DA LEI


A música foi instituída no culto por Deus, no reinado de Davi (2 Cr 29:25). Sendo Davi músico e conhecedor do valor da música na vida de seu povo e da religião, passou a desenvolvê-la em termos de ministério, através do desempenho de quatro mil músicos com os seguintes critérios e funções:


1. Critérios :


1.1. Escolha (1 Cr 16:4,5)


Os quatros mil não foram alistados por vontade própria, mas por vontade de Deus.


1.2. Purificação


Escolhidos da tribo de Levi, por exigência do próprio Deus, eram purificados para exercerem as funções determinadas no seu ministério (Nm 8:6).


2. Funções :


2.1.Louvar (2 Cr 8:14 e 1 Cr 16:4,5)

2.2.Profetizar (1 Cr 25:1-3)

2.3.Ensinar (1 Cr 15:22 e 25:5-7)

2.4.Santificar (2 Cr 29:5)


Queremos destacar dentre as funções, o ensino da música e o desenvolvimento do canto. Davi juntamente com Quenanias e mais duzentos e oitenta e oito mestres criaram formas e desenvolveram técnicas de canto que até hoje são usadas em todo mundo. Vejamos alguns exemplos :


- Ne 12:8 – Regência de canto coletivo congregacional;

- Ne 12:42 – Regência dos cantores ou coral;

- 1 Cr 15:21 – Uso de instrumentos adaptados ao acompanhamento do canto.


Pela necessidade de tempo para a boa formação e bom desempenho do músico, o trabalho era permanente e de dedicação exclusiva. Davi, sendo músico, foi sensível a essa necessidade (1 Cr 9:33 e 6:31-32). A manutenção dos músicos era através dos dízimos e ofertas, porque o ministério fazia parte do sacerdócio, sob a responsabilidade do rei (Ne 12:46-47; 10:37,39; 13:10,12,14).


A MÚSICA NA DISPENSAÇÃO DA GRAÇA


Depois de um silêncio de quatrocentos anos entre os céus e a palestina, a música volta a aparecer como serva fiel da religião, fazendo-se cumprir as palavras cantadas pelo salmista: “E pôs um novo cântico na minha boca, um hino ao nosso Deus; muitos verão isso e temerão e confiarão no Senhor” (SI 40:3). O novo cântico da graça e do amor brotou nos corações dos escolhidos como prenunciadores das novas de Salvação: “Magnificat” (Lc 1:46-55), “Benedictus” (Lc 1:68-79), “Glória in ExceIsis Deo” (Lc 2:14) e “Nunc Dimitts” (Lc 2:29-33). E a partir de então, os corações dos crentes romperam em cânticos, pela experiência da graça de Cristo, como jamais cantaram e deixariam d e cantar. Conforme o testemunho de Plínio (109 A.D.), o cristianismo passou a ser chamado “a religião do canto”.


A ATITUDE DE CRISTO EM RELAÇÃO À MÚSICA


A arte da música e do canto entre o povo de Israel, não se extinguiu com a dispensação do Velho Testamento. E é evidente, que na época de Jesus, a música continuava com as mesmas funções estabelecidas por Deus, a serviço da religião.


Por muitas vezes, Jesus foi visto, participando dos cultos e das festas solenes no templo, sem jamais, em qualquer ocasião proferir palavras de censura ou reprovação aos cânticos entoados. Os discípulos e a multidão O aclamaram com cânticos por ocasião da sua entrada triunfal em Jerusalém (Lc 19:37).


Possivelmente, Jesus cantou muitas vezes em sua vida. No entanto, a Bíblia faz referência especial à ocasião da Ceia, quando ele incluiu a música, consagrando-a a serviço do culto cristão (Mt 26:30; Mc 14:26). A partir daquele momento, o ministério da música, na nova dispensação, era estabelecido como meio de expressão de fé e manifestação da graça divina através de Cristo.


COMO O MINISTÉRIO DA MÚSICA FOI ESTRUTURADO NA DISPENSAÇÃO DA GRAÇA


Cremos firmemente que o canto de glorificação a Deu s cantado por Jesus, na Ceia, antes de ir para o Monte das Oliveiras, teve um sentido de resgate da música do Judaísmo para o cristianismo (Mc 14:26). A música expressão de fé, dom da graça divina e liberdade do evangelho, em Jesus, passa a pertencer ao “sacerdócio real” (1 Pd 2:9) ou ao reino e sacerdotes de Deus (Ap 1:6). Portanto, no Novo Testamento, a música se apresenta com uma estrutura nova e específica, mas como um resultado ou aplicação do que ela foi no Velho Testamento.


O apóstolo Paulo, por formação acadêmica, também sabia música e como doutor da lei, era grande conhecedor do ministério criado por Davi. Portanto, com conhecimento e sabedoria, orientou as igrejas com os mesmos princípios estabelecidos no Velho Testamento.


1. Em Relação Aos Critérios


Na dispensação da lei a música era ministrada pelos levitas, cujos critérios eram: escolhidos e purificados (1 Cr 16:4-5 e Nm 8:6).


Na dispensação da graça é sacerdócio dos crentes, cujos critérios são: eleição e santificação (Ef 1:4 e 1 Ts 4:7).


2. Em Relação Às Funções


Na dispensação da Lei as funções da música, exercidas pelos levitas, eram: louvar, profetizar, ensinar e santificar.


Na dispensação da graça as funções da música exerci das pelos crentes, são:


2.1.Louvar – “louvando com salmos, hinos e cântico s espirituais” (Cl 3:16 e Ef 5:19).


2.2.Profetizar – “Habite ricamente em vós a palavra de Cristo” (Cl 3:16). Os levitas músicos transmitiam a palavra recebida de Deus (2 Cr 20:14). Os músicos crentes transmitem a palavra revelada como regra de fé e prática da vida.


2.3.Ensinar – “...instruindo-vos uns aos outros com salmos, hinos e cânticos espirituais” (CI 3:16).


O preparo e a eficiência foram as grandes características do ministério da velha dispensação. Nele havia mestres como Asafe, Jedutum e muitos outros que, além de Davi, compuseram cânticos que não só edificaram o povo de Israel no passado, mas que até hoje edificam o povo de Deus.


2.4. Santificar – “Edificando-vos com salmos, hinos e cânticos espirituais” (Cl 3:16). Na dispensação da lei, os músicos eram ordenados a se santificarem. Na dispensação da graça, os crentes são eleitos para receber a marca da santificação que se expressa pelo testemunho de vida e pelo louvor. Deve existir coerência entre oque se vive e se canta.

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