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ADMINISTRAÇÃO ECLESIÁSTICA II

Atualizado: 12 de set. de 2019


CONCEITUAÇÕES


I. CONCEITO GERAL DE ADMINISTRAÇÃO


O termo "administração" vem do latim ad (direção, tendência para) e minister (subordinação ou obediência), designa o desempenho de tarefas de direção dos assuntos de um grupo. O conceito de Administração é bastante amplo 1, mas em todas as definições existem duas palavras-chave: gerenciamento e organização. Isso pode ser comprovado nas palavras dos estudiosos Stoner e Feeman, os quais ensinam que Administração é o ''processo de planejar, organizar, liderar e controlar o trabalho dos membros da organização, e de usar todos os recursos disponíveis da organização para alcançar os objetivos definidos"

A administração é uma ciência social que está relacionada a todas as atividades que envolvem planejamento, organização, direção e controle. [ ... ] a tarefa da administração é a de interpretar os objetivos propostos pela organização e transformálos em ação organizacional por meio de planejamento, organização, direção e controle de todos os esforços realizados em todas as áreas e em todos os níveis da organização, a fim de alcançar tais objetivos de maneira mais adequada à situação.

A administração já foi chamada de "a arte de fazer as coisas através de pessoas". Esta definição foi dada por Mary Parker Follet.

A administração é essencial em toda a cooperação organizada (e a igreja se enquadra), é a ação de dirigir o bom andamento dos propósitos estabelecidos. Em nosso caso, como igreja. O pastor, presbítero, tem que acompanhar os objetivos propostos pela igreja e transformá-los em ação através de planejamento, organização, direção e controle de todos os esforços realizados em todas as áreas e em todos os níveis a fim de atingir tais objetivos.


1.1 ORIGEM


Desde o início dos primeiros grupos sociais, a fim de conduzir bem os trabalhos, criouse a necessidade de estabelecer uma escala de comando cuja função seria dirigir e gerir esses trabalhos coletivos. Diga-se de passagem, que a Igreja é um agrupamento humano com um objetivo a ser alcançado, um propósito a ser atingido, um alvo para cumprir.

A administração é necessária pois desde muito cedo verificou-se que é impossível ao homem realizar a maioria das atividades que a própria sobrevivência lhe exigia, sem o auxílio de outras pessoas. Mas esse auxílio só poderia ser eficaz em determinadas circunstâncias, que pouco a pouco passou a conhecer. Como resultado imediato, surgiu um conjunto de atividades e de atitudes que tomaria o nome de administração e que, com o decorrer do tempo, se transformou num campo definido de conhecimentos científicos.

Muitos autores têm negado que a administração constitua uma ciência na exata expressão da palavra. Na verdade, toda ciência se caracteriza pelo conhecimento metodizado da verdade em relação a um conjunto definido de fenômenos ou fatos. Se bem que, como todas as ciências sociais, a administração apresente uma grande complexidade, devido aos inúmeros fatores integrantes de seus fenômenos.

A administração apareceu como ciência independente no fim do século XIX. "Todo homem procura obter o máximo com o mínimo de esforço". Este princípio determinou a procura do rendimento máximo para qualquer atividade humana e, conseqüentemente, o estudo de como obter esse rendimento. Frederick W. Taylor nos estados Unidos já no século XVIII comprovou que a baixa produção em qualquer atividade se deve à falta de uma metodologia da produção.

A realização de um objetivo, porém, se faz por meio de um processo divisível em partes ou etapas que, na sua continuação, levam ao resultado final. Essas etapas podem ser definidas e caracterizadas por funções específicas, marcadas por um grau maior ou menor de dificuldades que exigirão um grau maior ou menor de especialização. Assim o processo de realização de um objetivo pode ser estudado como uma série de funções especializadas; funções que devem ser reunidas para se obter, da forma mais eficiente, o resultado almejado.


A ADMINISTRAÇÃO ECLESIÁSTICA


Embora possamos adotar alguns princípios da administração secular, não obstante, a Igreja precisa ser norteada por outros princípios. Em virtude de sua natureza, a Igreja não se confunde com nenhuma sociedade ou grupos éticos. A sua corporalidade, organicidade, fraternidade, unicidade e consensualidade nascem, estruturam-se e se perpetuam na regeneração em Cristo Jesus, o criador da comunhão dos santos.

A missão da igreja é ser serva de Jesus Cristo pelo culto permanente e exclusivo à Trindade; pelo amor interno, que confraterniza seus membros; pela fidelidade às Escrituras; pela igualdade de seus componentes; pela missão evangelizadora entre todos os povos; pelo incansável testemunho cristão.


1) O Termo Bíblico para Administração


A palavra "administração de uma casa". NO VT as ocorrências deste termo são poucas e centram ao redor do ofício do mordomo de uma casa; um administrador de palácio (Cf. Isaias 22: 19, 21). O Testamento Novo contém só vinte ocorrências totais de todas as formas que Notavelmente, acontece em Lc 16: 1-17 na Parábola do Mordomo Injusto. Lucas usa o palavra intercabiavelmente em outro lugar o significado é mais provável a alguém que administra uma casa.

A significação teológica e pastoral vem quando Paulo usa a palavra em referência para a tarefa apostólica dele (I Cor 4:2; Tito 1:7; I Pe 4: 1 O). A conexão para (casa) é de importância óbvia. As pessoas de Deus, a comunidade de Deus, são a casa dele que ele constrói pelo trabalho desses que ele chamou à tarefa, a quem ele confia o cargo de despenseiro da casa. Eles não são chamados para olhar seus próprios negócios domésticos mas eles são os mordomos dos bens a eles confiados para dar contas de sua administração. (I Co 9:17, Ef3:9) Nestas duas passagens a ênfase de Paulo é que o pastor é alguém que cuida das coisas da casa de Deus.


2) Funções privativas.


a)Administrar os sacramentos.

b)Invocar a Benção Apostólica sobre o povo de Deus.

c)Celebrar casamento religioso com efeito civil.

d)Orientar e supervisionar a liturgia na Igreja de que é pastor.


3) Atribuições.


a)Orar com o rebanho e por ele.

b)Apascentá-lo na doutrina Cristã.

c)Exercer as suas funções com zelo.

d) Orientar e superintender as atividades da Igreja, a fim de tomar eficiente a vida espiritual do povo de Deus.

e)Prestar assistência pastoral.

f)Instruir os neófitos, dedicar atenção à infância, à adolescência, à mocidade, bem como aos necessitados, aflitos, enfermos e desviados.

g) Exercer, juntamente com outros presbíteros, o poder coletivo de governo.


IV. FUNÇÕES PRECÍPUAS DA ADMINISTRAÇÃO


Como já afirmamos anteriormente, Stoner e Feeman, ensinam que Administração é o "processo de planejar, organizar, liderar e controlar o trabalho dos membros da organização, e de usar todos os recursos disponíveis da organização para alcançar os objetivos definidos" 7

Veremos agora, quatro aspectos do processo da administração secular e que são também importantes na vida da igreja :


1) Planejar:


Significa estabelecer os objetivos da igreja, especificando a forma como eles serão alcançados. Parte de uma sondagem do presente, passado e futuro, desenvolvendo um plano de ações para atingir os objetivos traçados. É a primeira das funções, já que servirá de base diretora à operacionalização das outras funções. Ao fazer o planejamento perguntamos: o que queremos, quais são os nossos objetivos, qual nossa missão; que recursos dispomos e quais deveremos buscar; quem nos irá ajudar nesta tarefa, etc.8


2) Organizar:


É a forma de coordenar todos os recursos da igreja, sejam humanos, financeiros ou materiais, alocando-os da melhor forma segundo o planejamento estabelecido.


3) Dirigir ou liderar:


Contrate e forme líderes que administrem a igreja. Guardada as devidas proporções, é como um jogo de futebol, que em cada jogo (obstáculo) tenha que ser vencido para que se ganhe o campeonato (planejamento). Motivar e incentivar a equipe.

Delegue autoridade e responsabilidade e cobre resultados. Elogie, premie, e comemore. Lidere a equipe motivada e satisfeita para que o time alcance os objetivos. O trabalho em equipe é que leva a igreja a ter sucesso pois acabou a era do "eu sozinho". Não acredito na administração democrática, mas sim na participativa, onde as equipes envolvidas nos processos eleitos para se atingir os objetivos do planejamento buscam juntas as soluções.


4) Controle ou Coordenação:


O que não é medido é difícil de ser avaliado. O que não é cobrado não é feito. Esta atividade é que nos permite dirigir e corrigir os trabalhos que não estão sendo feitos dentro do nosso planejamento. Com o controle o líder pode premiar as equipes que atingem os objetivos.

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