TEONTOLOGIA - OS ATRIBUTOS DE DEUS PARTE II
- MINISTÉRIO RESGATE
- 24 de fev. de 2020
- 11 min de leitura
Atualizado: 19 de mai. de 2020

ONIPRESENÇA
Significa que Deus está presente em todos os lugares. O texto mais usado para falar sobre a onipresença de Deus é (Sl 139.7-10). Onipresença não é o mesmo que panteísmo, que iguala o universo a Deus. Há distinção entre Deus e a criação, apesar de a sua presença estar em toda parte. Ele não se torna difuso ou transposto pelo universo. Aprendemos com a onipresença que ninguém pode fugir de Deus e que ele está presente em todas as circunstâncias da nossa vida.
É quase sinônimo de imensidão: A imensidade denota a transcendência no espaço enquanto que a onipresença denota a imanência no espaço. Deus é imanente em todas as Suas criaturas e em toda a criação.
A imanência não deve ser confundida com o panteísmo (tudo é Deus) ou com o deísmo que ensina que Deus está presente no mundo apenas com seu poder (per portentiam) e não com a essência e natureza de ser Ser (per essentiam et naturam) e que age sobre o mundo à distância.
Deus ocupa o espaço repletivamente porque preenche todo o espaço e não está ausente em nenhuma parte dele, mas tampouco está mais presente numa parte que noutra (Salmos 139:11,12).
Deus ocupa o espaço variavelmente porque Ele não habita na terra do mesmo modo que habita no céu, nem nos animais como habita nos homens, nem nos ímpios como habita nos piedosos, nem na Igreja como habita em Cristo (Isaías 66:1; Atos 17:27,28; Compare Efésios 1:23 com Colossenses 2:9).
IMUTABILIDADE
Significa que Deus não muda. Não quer dizer que ele esteja imóvel ou inativo, mas que não se altera,cresce ou se desenvolve. A Bíblia ensina sobre a imutabilidade de Deus (Ml 3.6; Tg 1.17). Um problema levantado dentro desse assunto é : Deus se arrepende ? (Gn 6.6). Na verdade, tal linguagem não corresponde ao que, como homens, vivenciamos no arrependimento.
Tanto a imutabilidade como a sabedoria e onisciência de Deus tornam vazias as ideias de que ele muda seus planos eternos ou que se arrepende de algo que fez. Nesse caso, o arrependimento é mais uma linguagem antropomórfica (ver Gn 6.6 no que fala do coração de Deus).
Há também o problema de vermos Deus tratando fatos iguais de maneiras diferentes durante a história. Isso também não quer dizer que Deus mude, mas que ele executa seu plano para com o homem durante a história conforme seus eternos propósitos.
A imutabilidade de Deus também nos conforta e encoraja, pois sabemos que suas promessas não falharão (Ml 3.16; 2 Tm 2.13). Deus também mantém sempre a mesma atitude contra o pecado.
É o atributo pelo qual não encontramos nenhuma mudança em Deus, em sua natureza, em seus atributos e em seu conselho.
A "BASE" PARA A IMUTABILIDADE DE DEUS : É Sua simplicidade, eternidade, auto-existência e perfeição.
1- Simplicidade porque sendo Deus uma substância simples, indivisível, sem mistura, não está sujeito a variação (Tiago 1:17).
2- Eternidade porque Deus não está sujeito às variações e circunstâncias do tempo, por isso Ele não muda (Salmos 102:26,27; Hebreus 1:12 e 13:8).
3- Auto-existência porque uma vez que Deus não é causado, mas existe em Si mesmo, então Ele tem que existir da forma como existe, portanto sempre o mesmo (Êxodo 3:14).
4- E perfeição porque toda mudança tem que ser para melhor ou pior e sendo Deus absolutamente perfeito jamais poderá ser mais sábio, mais santo, mais justo, mais misericordioso, e nem menos. Por isso Deus é imutável como a rocha (Deuteronômio 32:4).
IMUTABILIDADE NÃO SIGNIFICA IMOBILIDADE : Nosso Deus é um Deus de ação e muito dinâmico (Isaías 43:13).
IMUTABILIDADE IMPLICA EM NÃO ARREPENDIMENTO : Alguns versículos falam de Deus como se Ele se arrependesse (Êxodo 32:14, II Samuel 24:16, Jeremias 18:8; Joel 2:13), trata-se de antropomorfismo (Números 23:19; Romanos 11:29; I Samuel 15:29; Salmos 110:4).
IMUTABILIDADE DE DEUS EM SUA NATUREZA : Deus é perfeito em sua natureza por isso não muda nem para melhor nem para pior (Malaquias 3:6).
IMUTABILIDADE DE DEUS EM SEUS ATRIBUTOS : Deus é imutável em suas promessas (I Reis 8:56; II Coríntios .1:20); em sua misericórdia (Salmos 103:17; Isaías 54:10); em sua justiça (Ezequiel 8:18); em seu amor (Gêneses 18:25,26).
ONISCIÊNCIA
Deus sabe todas as coisas de modo pleno sem esforço algum. Não há coisas ou assuntos que ele não conheça melhor que outros. Ele conhece tudo igualmente bem. Deus nunca tem dúvidas, nem busca respostas (a não ser quando, de modo didático, inquire os homens para o próprio bem deles). As Escrituras enaltecem o conhecimento ilimitado de Deus (Sl 139.16; 147.4). O fato de sabermos sobre a onisciência de Deus deve nos trazer segurança, conforto e sobriedade (Hb 4.13).
Atributo pelo qual Deus, de maneira inteiramente única, conhece-se a Si próprio e a todas as coisas possíveis e reais num só ato eterno e simples.
O conhecimento de Deus tem suas características :
É ARQUÉTIPO : Deus conhece o universo como ele existe em Sua própria ideia anterior à sua existência como realidade finita no tempo e no espaço; e este conhecimento não é obtido de fora, como o nosso (Romanos 11:33,34).
É INATO E IMEDIATO : Não resulta de observação ou de processo de raciocínio (Jó 37:16)
É SIMULTÂNEO : Não é sucessivo, pois Deus conhece as coisas de uma vez em sua totalidade, e não de forma fragmentada uma após outra (Isaías 40:28).
É COMPLETO : Deus não conhece apenas parcialmente, mas plenamente consciente (Salmos 147:5).
CONHECIMENTO NECESSÁRIO : Conhecimento que Deus tem de Si mesmo e de todas as coisas possíveis, um conhecimento que repousa na consciência de sua onipotência. É chamado necessário porque não é determinado por uma ação da vontade divina.
Por exemplo : O conhecimento do mal é um conhecimento necessário porque não é da vontade de Deus que o mal lhe seja conhecido (Habacuque 1:13) Deus não pode nem quer ver o mal, mas o conhece, não por experiência, que envolve uma ação de Sua vontade, mas sim por simples inteligência, por ser ato do intelecto divino (observa II Coríntios 5:21 onde o termo grego "ginosko" é usado).
CONHECIMENTO LIVRE : É aquele que Deus tem de todas as coisas reais, isto é, das coisas que existiram no passado, que existem no presente e existirão no futuro. É também chamado "visionis", isto é, conhecimento de vista.
PRESCIÊNCIA : Significa conhecimento prévio; conhecimento de antemão. Como Deus pode conhecer previamente as ações livres dos homens ? Deus decretou todas as coisas, e as decretou com suas causas e condições na exata ordem em que ocorrem, portanto sua presciência de coisas contingentes (I Samuel 23:12; II Reis 13:19; Jeremias 38:17-20; Ezequiel 3:6 e Mateus 11:21) apoia-se em seu decreto.
Deus não originou o mal, mas o conheceu nas ações livres do homem (conhecimento necessário), o decretou e pré conheceu os homens. Portanto a ordem é: conhecimento necessário, decreto, presciência.
A presciência de Deus é muito mais do que saber o que vai acontecer no futuro, e seu uso no Novo Testamento é empregado como na LXX que inclui Sua escolha efetiva (Números 16:5; Juízes 9:6; Amós 3:2).
Veja Romanos 8:29; I Pedro 1:2; Gálatas 4:9. Como se processou o conhecimento necessário de Deus nas livres ações dos homens antes mesmo que Ele as decretasse ?
A liberdade humana não é uma coisa inteiramente indeterminada, solta no ar, que pende numa ou noutra direção, mas é determinada por nossas próprias considerações intelectuais e caráter
(lubentiarationalis = auto-determinação racional). Liberdade não é arbitrariedade e em toda ação racional há um porquê, uma razão que decide a ação.
Portanto o homem verdadeiramente livre não é o homem incerto e imprevisível, mas o homem seguro.
A liberdade tem suas leis - leis espirituais - e a Mente Onisciente sabem quais são (João 2:24,25).
Em resumo, a presciência é um conhecimento livre (scientia libera) e, logicamente procede do decreto, "... segundo o decreto sua vontade" (Efésios 1:11).
SABEDORIA
A sabedoria de Deus é a Sua inteligência como manifestada na adaptação de meios e fins. Deus sempre busca os melhores fins e os melhores meios possíveis para a consecução dos seus propósitos. H.B. Smith define a sabedoria de Deus como o Seu atributo através do qual Ele produz os melhores resultados possível com os melhores meios possíveis
Uma definição ainda melhor há de incluir a glorificação de Deus: Sabedoria é a perfeição de Deus pela qual Ele aplica o seu conhecimento à consecução dos seus fins de um modo que o glorifica o máximo (Romanos 11:33-36; Efésios 1:11,12; Colossenses 1:16).
Encontramos a sabedoria de Deus na criação (Salmos 19:1-7; Salmos 104), na redenção ( I Coríntios 2:7; Efésios 3:10) .
A sabedoria é personificada na Pessoa do Senhor Jesus (Provérbios 8 e I Coríntios 1:30; Jó.9:4; veja também Jó 12:13,16).
ONIPOTÊNCIA
Deus pode fazer qualquer coisa compatível com sua própria natureza. Mesmo podendo tudo, o que ele escolhe fazer ou não tem motivos que só ele conhece. A Bíblia está repleta de textos que falam sobre a onipotência de Deus (Gn 17.1; Ex 6.3; 2Co 6.18; Ap 1.8).
A onipotência de Deus tem limites, a saber :
- Limitações naturais (Tt 1.2; Tg 1.13, 2Tm 2.13).]
- Limitações autoimpostas (Gn 9.11; At 12.2).
- Limitações por definição (ex.: 2+2=6 ou um triângulo de 4 pontas).
Essas limitações não tornam Deus imperfeito. Sua perfeição tem a coerência como fator integrante. A perfeição de Deus não permite que ele se torne imperfeito no uso da sua onipotência. O mais importante é que Deus não pode fazer coisas erradas. Em relação ao cristão, o poder de Deus é principalmente relevante quanto ao Evangelho (Rm 1.16), à segurança (1Pe 1.5) e à ressurreição (1Co 6.14).
É o atributo pelo qual encontramos em Deus o poder ilimitado para fazer qualquer coisa que Ele queira.
A onipotência de Deus não significa o exercício para fazer aquilo que é incoerente com a natureza das coisas, como, por exemplo, fazer que um fato do passado não tenha acontecido, ou traçar entre dois pontos uma linha mais curta do que uma reta. Deus possui todo o poder que é coerente com Sua perfeição infinita, todo o poder para fazer tudo aquilo que é digno d’Ele.
O poder de Deus é distinguido de duas maneiras :
1- Potentia Dei absoluta = absoluto poder de Deus
2- Potentia Dei ordinata = poder ordenado de Deus.
HODGE E SHEDD - Definem o poder absoluto de Deus como a eficiência divina, exercida sem a intervenção de causas secundárias, e o poder ordenado como a eficiência de Deus, exercida pela ordenada operação de causas secundárias.
CHANOCK - Define o poder absoluto como aquele pelo qual Deus é capaz de fazer o que Ele não fará, mas que tem possibilidade de ser feito, e o poder ordenado como o poder pelo qual Deus faz o que decretou fazer, isto é, o que Ele ordenou ou marcou para ser posto em exercício; os quais não são poderes distintos, mas um e o mesmo poder.
O seu poder ordenado é parte do seu poder absoluto, pois se Ele não tivesse poder para fazer tudo que pudesse desejar, não teria poder para fazer tudo o que Ele deseja. Podemos, portanto, definir o poder ordenado de Deus como a perfeição pela qual Ele, mediante o simples exercício de Sua vontade, pode realizar tudo quanto está presente em Sua vontade ou conselho.
E' óbvio, porém, que Deus pode realizar coisas que a Sua vontade não desejou realizar (Gêneses 18:14; Jeremias 32:27; Zacarias 8:6; Mateus 3:9; Mateus 26:53).
Entretanto há muitas coisas que Deus não pode realizar: Ele não pode mentir, pecar, mudar ou negar-se a Si mesmo (Números 23:19; I Samuel 15:29; II Timóteo 2:13; Hebreus 6:18; Tiago 1:13,17; Hebreus 1:13; Tito 1:3), isto porque não há poder absoluto em Deus, divorciado de Sua perfeições, e em virtude do qual Ele pudesse fazer todo tipo de coisas contraditórias entre Si (Jó 11:7).
Deus faz somente aquilo que quer fazer (Salmos 115:3; Salmos 135:6).
EL-SHADDAI - A onipotência de Deus se expressa no nome hebraico El-Shaddai traduzido por Todo-Poderoso (Gêneses 17:1; Êxodo 6:3; Jó.37:23 etc.)
EM TODAS AS COISAS : A onipotência de Deus abrange todas as coisas (I Crônicas 29:12), o domínio sobre a natureza (Salmos 107:25-29; Naum 1:5,6; Salmos 33:6-9; Isaías 40:26; Mateus 8:27; Jeremias 32:17;Romanos 1:20), o domínio sobre a experiência humana (Salmos 91:1; Daniel 4:19-37; Êxodo 7:1-5; Tiago 4:12-15; Provérbios .21:1; Jó 9:12; Mateus 19:26; Lucas 1:37), o domínio sobre as regiões celestiais (Daniel 4:35; Hebreus 1:13,14; Jó 1:12; Jó 2:6)
NA CRIAÇÃO, NA PROVIDÊNCIA E NA REDENÇÃO : Deus manifestou o seu poder na criação (Romanos 4:17; Isaías 44:24), nas obras da providência (I Crônicas 29:11,12) e na redenção (Romanos 1:16; I Coríntios 1:24).
SOBERANIA OU SUPREMACIA
Significa, em primeiro lugar, que Deus é o ser supremo do universo e, em segundo lugar, que ele é o poder supremo do universo.
Deus exerce o poder total sobre todas as coisas, mesmo que possa escolher deixar que tudo aconteça seguindo leis naturais que ele mesmo estabeleceu.
A Bíblia revela que Deus tem um plano abrangente (Ef 1.11), que tudo está sob o controle dele (Sl 135.6), mesmo o mal, ainda que o Senhor não se envolva com ele (Pv 16.4) e que seu principal objetivo é o louvor da sua glória (Ef 1.14).
Atributo pelo qual Deus possui completa autoridade sobre todas as coisas criadas, determinando-lhe o fim que desejar (Gêneses 14:19; Neemias 9:6; Êxodo 18:11; Deuteronômio 10:14,17; I Crônicas 29:11; II Crônicas 20:6; Jeremias 27:5; Atos 17:24-26; Judas 4; Salmos 22:28; 47:2,3,8; 50:10-12; 95:3-5; 135:5; 145:11-13; Apocalipse 19:6).
VONTADE OU AUTO-DETERMINAÇÃO
A perfeição de Deus pela qual Ele, num ato sumamente simples, dirige-se à Si mesmo como o Sumo Bem (deleita-se em Si mesmo como tal) e às Suas criaturas por amor do Seu nome (Isaías 48:9,11,14; Ezequiel 20:9,14,22,44; Ezequiel 36:21-23).
A vontade de Deus recebe variadas classificações, pois à ela são aplicadas diferentes palavras hebraicas (chaphets, tsebhu, ratson) e gregas (boule, thelema).
VONTADE PRECEPTIVA - Na qual Deus estabeleceu preceitos morais para reger a vida de Suas criaturas racionais. Esta vontade pode ser desobedecida com freqüência (Atos 13:22; I João 2:17; Deuteronômio 8:20).
VONTADE DECRETÓRIA - Pela qual Deus projeta ou decreta tudo o que virá a acontecer, quer pretenda realizá-lo causativamente, quer permita que venha a ocorrer por meio da livre ação de suas criaturas (Atos 2:23; Isaías 46:9-11).
A vontade decretória é sempre obedecida.
A vontade decretória e a vontade preceptiva relacionam-se ao propósito em realizar algo.
VONTADE DE EUDOKIA - Na qual Deus deleita-se com prazer em realizar um fato e com desejo de ver alguma coisa feita. Esta vontade, embora não se relacione com o propósito de fazer algo, mas sim com o prazer de fazer algo, contudo corresponde àquilo que será realizado com certeza, tal como acontece com a vontade decretória (Salmos 115:3; Isaías 44:28; Isaías 55:11).
VONTADE DE EURESTIA - Na qual Deus deleita-se com prazer ao vê-la cumprida por Suas criaturas. Esta vontade abrange aquilo que a Deus apraz que Suas criaturas façam, mas que pode ser desobedecido, tal como acontece com a vontade preceptiva (Isaías 65:12).
A Vontade de Eudokia não se refere somente ao bem, e nela não está sempre presente o elemento de deleite (Mateus 11:26). A vontade de Eudokia e a vontade de Eurestia relacionam-se ao prazer em realizar algo.
VONTADE DE BENEPLACITUM - Também chamada Vontade Secreta. Abrange todo o conselho secreto e oculto de Deus. Quando esta vontade nos é revelada, ela torna-se na Vontade do Signum ou Vontade Revelada. A distinção entre a vontade de beneplacitum e a vontade de signum encontra-se em Deuteronômio.29:29.
A VONTADE SECRETA - É mencionada em Salmos 115:3; Daniel 4:17,25,32,35; Romanos 9:18,19; Romanos 11:33,34; Efésios 1:5,9,11, enquanto que a vontade revelada é mencionada em Mateus 7:21; Mateus 12:50; João 4:34; João 7:17; Romanos 12:2. Esta vontade está mui perto de nós (Deuteronômio 30:14; Romanos 10:8).
A vontade secreta de Deus pertence a todas as coisas que Ele quer efetuar ou permitir, tal como acontece na vontade decretória, sendo portanto, absolutamente fixa e irrevogável.
LIBERDADE
A perfeição de Deus no exercício de Sua vontade. Deus age necessária e livremente. Assim como há conhecimento necessário e conhecimento livre, há também uma voluntas necessária = vontade necessária e uma voluntas libera = vontade livre.
Na vontade necessária Deus não está sob nenhuma compulsão, mas age de acordo com a lei do Seu Ser, pois Ele necessariamente quer a Si próprio e quer a Sua natureza santa.
Deus necessariamente se ama a Si próprio e Suas perfeições.
Deus independe das suas criaturas e da sua criação. Não há qualquer criatura que impeça Deus ou que o obrigue a algo. Isaías expõe a liberdade e a independência de Deus com uma pergunta retórica (Is 40.13,14). Jesus mostrou que Deus exerce sua liberdade ao executar livremente sua vontade (Mt 11.26). Isso significa que Deus é livre para tudo ? Na verdade, ele é limitado apenas pela sua própria natureza.
Assim, a santidade dele o impede de pecar e a eternidade dele o impede de morrer. A perfeição de Deus não é afetada por esse tipo de limitação e sim mantida.
A liberdade de Deus nos mostra que ele não tem quaisquer obrigações para conosco a menos que ele mesmo queira se comprometer. Desse modo, não temos qualquer direito de fazer cobranças a Deus.
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